Brasil, 13 de junho de 2025
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Reforço de segurança nas águas do Oriente Médio em meio a tensões

O aumento das tensões no Oriente Médio leva à emissão de alerta por parte da UKMTO para embarcações comerciais na região.

Na quarta-feira, a UK Maritime Trade Operations (UKMTO), agência britânica de segurança marítima, emitiu um alerta incomum, recomendando que embarcações comerciais que transitam pelo Golfo Pérsico, Golfo de Omã e Estreito de Ormuz exerçam cautela redobrada devido ao que chamou de “tensões aumentadas no Oriente Médio”. Esse clima de incerteza pode resultar em uma escalada das atividades militares, impactando diretamente a segurança marítima na região.

A origem do alerta e suas implicações

Embora a UKMTO não tenha especificado a causa imediata do aviso, ele aparece em meio a um cenário de ameaças crescentes de Israel e dos EUA a possíveis ataques aos sites nucleares do Irã. A tensão entre essas nações tem se acentuado à medida que as negociações nucleares entre Washington e Teerã estão à beira de um colapso.

Na mesma quarta-feira, a Reuters noticiou que os Estados Unidos estão se preparando para evacuar parte de seu pessoal embaixadal de Iraque, em resposta a crescentes ameaças à segurança. O Departamento de Estado dos EUA confirmou que autorizou a partida de funcionários não essenciais de suas embaixadas em Bahrein e no Kuwait.

Efeito do clima de insegurança nas operações militares

Em um movimento adicional que reflete a seriedade da situação, o Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, aprovou a evacuação temporária dos familiares dos militares estacionados em partes da região. Um funcionário da Casa Branca alertou que o presidente Donald Trump está “ciente do movimento de pessoal dos EUA no Oriente Médio”.

Trump fez uma postagem nas redes sociais, expressando confiança nas forças armadas dos EUA para proteger o país. “Você protegerá cada polegada do solo dos EUA—e defenderá a América até os limites da Terra!”, afirmou o presidente, ao mesmo tempo em que destacava a necessidade de coragem nas operações futuras.

Com a crescente retórica, ainda na quarta-feira, foi revelado pela Reuters que o comandante do CENTCOM, Gen. Michael Kurilla, adiou seu depoimento programado no Congresso devido à instabilidade que se desenrola no Oriente Médio. O aumento das tensões refletiu também uma subida nos preços globais do petróleo, que cresceram cerca de 5% nessa mesma data.

Reações do Irã e seu posicionamento

As ações dos EUA vieram acompanhadas de novas ameaças de Teerã, com o Ministro da Defesa do Irã, Gen. Aziz Nasirzadeh, advertindo que, na hipótese de fracasso nas negociações diplomáticas, o Irã retaliará com ataques às bases americanas na região. “As perdas do inimigo superariam as nossas,” disse ele, enfatizando a capacidade do Irã de atingir os locais das forças norte-americanas.

Um oficial dos EUA indicou que o Departamento de Estado instruirá os funcionários da embaixada em Bagdá a deixar o país por voos comerciais, enquanto uma fonte do Ministério das Relações Exteriores do Iraque confirmou uma “evacuação parcial” da embaixada dos EUA na capital iraquiana em razão de “preocupações com a segurança regional”.

Até o momento, não há ordens de evacuação para a base aérea de Al Udeid, no Catar, a maior instalação militar dos EUA na região, nem para os funcionários da embaixada de Doha.

A elevada tensão nas negociações nucleares

Enquanto a retórica bélica aumenta, a missão do Irã junto às Nações Unidas lançou um aviso de que as ameaças de “força esmagadora” não mudarão a realidade. “O Irã não está buscando uma arma nuclear, e o militarismo dos EUA apenas alimenta a instabilidade,” afirmaram os representantes iranianos, sublinhando que a diplomacia é o único caminho viável.

O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, também acusou inimigos exteriores de tentarem provocar conflitos internos para justificar um ataque, reforçando que o Irã não desistirá de sua pesquisa científica em tecnologia nuclear.

Com especulações sobre operações militares iminentes, uma figura próxima ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu sugeriu que Israel pode estar a “dias” de realizar uma ação militar contra o Irã, o que acrescenta ainda mais camada de complexidade a uma situação já crítica.

Por fim, Trump expressou sua esperança de que o Irã opte por caminhos diplomáticos em vez de confrontos armados. No entanto, suas declarações refletem uma mudança notável em relação ao otimismo anterior da Casa Branca, que apostava em um acordo negociado mais cedo.

Esses eventos marcam um momento crucial nas relações entre os EUA, Israel e Irã, onde a segurança regional e as perspectivas de um acordo nuclear continuam incertas.

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