Brasil, 13 de junho de 2025
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Processo de cassação de Carla Zambelli tramita na Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Hugo Motta, encaminhou pedido de cassação do mandato de Carla Zambelli à CCJ, após condenação no STF.

O clima político na Câmara dos Deputados ganhou novos contornos com o encaminhamento do processo de cassação do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) pela presidência da Casa, sob a tutela de Hugo Motta (Republicanos-PB). Essa decisão surge após a deputada ser condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), devido a invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Contexto da condenação

A situação de Zambelli se agravou após a condenação unânime do STF, onde o tribunal decidiu pela perda do mandato da deputada. A comunicação foi feita na terça-feira (10), quando Motta informou que a decisão final sobre a cassação deve ser deliberada pelo plenário da Câmara. Antes disso, ele já havia declarado que acataria a determinação do STF sem necessidade de consulta ao plenário.

Atualmente, Zambelli se encontra licenciada de seu cargo, mas segundo o regimento, ela terá até cinco sessões para apresentar sua defesa formal à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Após essa análise, o parecer da comissão será levado para votação no plenário da Câmara. Essa etapa é crucial, pois irá determinar o futuro político da deputada e o impacto dessa decisão no cenário legislativo.

Bloqueio de verbas e extradição

Além do processo de cassação, Hugo Motta informou que também foram bloqueados os pagamentos das verbas destinadas a Zambelli, um cumprimento da determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A medida foi implementada na terça-feira (10), reforçando as severas consequências da condenação. Isso inclui também o bloqueio das contas bancárias e ativos financeiros da deputada, visando garantir que as sanções estabelecidas pelo tribunal sejam efetivas.

No último sábado (7), Moraes mandou que a prisão de Zambelli fosse convertida de preventiva para definitiva. Essa decisão ocorreu após a deputada ter deixado o Brasil e se dirigir à Itália, um ato que levantou muitas questões sobre sua intenção de fugir da justiça. A medida foi ratificada pela Primeira Turma do STF, que rejeitou os recursos apresentados por Zambelli na tentativa de revogar a sentença inicial.

Motivação para condenação

A condenação de Zambelli está ligada a um crime de invasão cibernética, no qual ela e o hacker Walter Delgatti, réu confesso, invadiram os sistemas do CNJ. Durante a invasão, foram inseridos documentos falsificados, incluindo um mandado de prisão fictício contra o ministro Alexandre de Moraes. Esse episódio revelou não apenas o crime em si, mas também a gravidade da situação, ainda mais quando se considera o cargo que Zambelli ocupava como representante do povo.

Próximos passos

Em um desdobramento da situação, o ministro Moraes oficiou o pedido de extradição de Carla Zambelli ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Essa ação reflete a seriedade da alegação de que a deputada, ao tentar se esquivar do cumprimento da pena, pode enfrentar consequências adicionais pela fuga para o exterior. O desfecho desse processo pode não apenas impactar a carreira política de Zambelli, mas também reverberar em todo o sistema político brasileiro, levantando discussões sobre responsabilidade e ética no exercício do cargo público.

A atenção agora se volta para a Câmara dos Deputados e seus membros, que terão que decidir sobre os rumos da situação de Zambelli. A sociedade brasileira aguarda ansiosamente por uma decisão que poderá modelar a confiança nas instituições democráticas e na equilibrada gestão da justiça.

Essa situação se configura não apenas como um caso de justiça, mas como uma oportunidade para que o legislativo brasileiro reafirme seu comprometimento com a ética e a transparência, essenciais para a manutenção da ordem e da confiança no sistema.

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