Brasil, 13 de junho de 2025
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Julgamento de Bolsonaro e outros réus da trama golpista pode começar até setembro

Ministros do STF indicam que o julgamento da ação penal contra ex-presidente e aliados pode ocorrer em breve, dependendo de questões processuais.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão otimistas quanto ao início do julgamento da ação penal do primeiro núcleo da trama golpista, que tem como réus o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Braga Netto e mais seis pessoas. De acordo com informações obtidas por fontes do GLOBO, o julgamento pode começar até setembro deste ano.

Expectativas para o julgamento no STF

A avaliação do STF e da Procuradoria-Geral da República (PGR) é que o cumprimento dos requisitos legais para que a ação esteja pronta para ser apreciada ocorre dentro de um prazo razoável. No entanto, a previsão do início do processo está sujeita a algumas incertezas processuais. Um fator importante a ser considerado é que um dos réus, Braga Netto, encontra-se preso. Isso poderá acelerar os prazos, já que os processos relacionados a réus detidos não são suspensos durante o recesso do Judiciário.

Interrogatórios e fases processuais

Recentemente, os interrogatórios dos réus foram finalizados e, conforme a análise dos magistrados, os depoimentos foram considerados “sem novidades” e dentro do “script” esperado. Apesar da falta de surpresas, as declarações dos réus reforçaram o teor da denúncia formulada pela PGR. Após as manifestações das defesas sobre possíveis novas diligências, o caso passará para a fase de alegações finais, onde cada parte terá 15 dias para se manifestar: o Ministério Público, o réu delator e os demais réus.

Quem são os réus do núcleo 1 da trama golpista?

No primeiro núcleo da trama golpista, além de Jair Bolsonaro e Braga Netto, também constam entre os réus Alexandre Ramagem, o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, e os ex-ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Anderson Torres (Justiça) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa). Todos estão sendo acusados pela PGR de integrarem o núcleo crucial do planejamento da trama golpista.

Processo em andamento e o papel da Primeira Turma do STF

Em março, a Primeira Turma do STF aceitou a denúncia por unanimidade, dando o impulso à fase de instrução da ação penal, que contou com a oitiva de mais de 40 testemunhas e os interrogatórios, os quais foram realizados em dois dias. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, junto aos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, terão a responsabilidade de decidir sobre a condenação ou absolvição dos réus. A expectativa em torno do processo é alta e o desfecho poderá impactar não apenas os envolvidos, mas a política brasileira como um todo.

À medida que o processo avança, a atenção da sociedade se volta para o STF, que terá a árdua tarefa de julgar não apenas as ações dos réus, mas também o futuro da democracia no Brasil. O desfecho deste julgamento é aguardado com ansiedade, refletindo as divisões e tensões políticas atuais.

Com o cenário complexo que envolve a trama golpista, o julgamento poderá estabelecer precedentes importantes e reacender debates sobre a integridade das instituições brasileiras e sobre os limites do poder no país.

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