O cenário político dos EUA está passando por uma intensa reavaliação, especialmente entre os apoiadores da MAGA, à medida que figuras conservadoras como o ex-diretor do FBI Kash Patel e o ex-vice-diretor Dan Bongino estão enfrentando críticas crescentes. Um dos grupos que expressou preocupação sobre a efetividade de suas lideranças foi o Judicial Watch, que esta semana questionou a transparência das ações tomadas pelos dois na agência federal.
A desconfiança entre os apoiadores conservadores
No último boletim investigativo, o Judicial Watch destacou sua defesa anterior de Patel e Bongino, mas lamentou que ambos parecem ter sido absorvidos pelas normas da burocracia do FBI. “Hoje, os conservadores estão alarmados com os sinais crescentes de que Patel e Bongino foram sequestrados pelo consenso do Deep State e estão falhando em trazer mudanças significativas para o FBI”, afirmaram os repórteres da organização.
A falta de ação manifesta e alterações que condizem com o que foi prometido durante as administrações anteriores gerou um clima de desconfiança dentro do grupo conservador, que esperava mais eficácia quanto às promessas de “demolir o Estado Profundo”.
A resposta do FBI e do DOJ
Em resposta a essas alegações, representantes do FBI e do Departamento de Justiça (DOJ) contestaram a representação feita pelo Judicial Watch, afirmando que, desde que Patel e Bongino assumiram, foram produzidas dezenas de milhares de páginas de documentação e informações sobre escândalos que abrangem desde a suposta colaboração da Rússia até o assassinato de JFK. Os oficiais esclareceram que os documentos são submetidos a uma revisão secundária no DOJ para determinar quais devem ser encaminhados ao Congresso, com base em solicitações de documentos e intimações anteriores.
Autoridades do DOJ também indicaram que grandes divulgações públicas provenientes dos arquivos revistos pelo FBI estão previstas para ocorrer neste verão, incluindo algumas ainda neste mês.
Controvérsias em torno das decisões de Patel
Judicial Watch expressou desapontamento com a nomeação de Steven Jensen, um dos líderes da investigação de 6 de janeiro, para chefiar o Escritório de Campo de Washington. Tal decisão foi encarada como um movimento que poderia comprometer ainda mais a credibilidade de Patel e Bongino entre os conservadores.
A organização também criticou a falta de transparência em relação aos arquivos de Jeffrey Epstein, apesar das promessas anteriores de liberação dos documentos. Isso gerou descontentamento e exigências por ações mais decisivas envolvendo casos centrais que ainda permanecem sem respostas claras.
O tempo como fator crucial
Conservadores ainda desejam sucesso a Patel e Bongino, mas continuam preocupados com o passar do tempo. “O presidente que prometeu ‘demolir o Deep State’ está observando do Salão Oval. Eles não serão perdoados por desperdiçar uma oportunidade histórica”, advertiu Judicial Watch, ressaltando a pressão que os líderes do FBI enfrentam diante das expectativas crescentes de sua base de apoio.
À medida que novas revelações e documentações são esperadas nos próximos meses, a pressão sobre Patel e Bongino para abrirem o jogo e trazerem autonomia à agência só tende a aumentar. O resultado dessas pressões poderá moldar não apenas o futuro deles no FBI, mas também repercussões significativas para o movimento conservador nos Estados Unidos.
Ainda resta saber se eles conseguirão atender às expectativas de seus apoiadores e se, de fato, poderão trazer mudanças duradouras em uma das instituições mais criticadas do país.
