Após ser detenida por forças israelenses durante uma tentativa de quebrar o bloqueio de Gaza, Greta Thunberg saiu em defesa de sua postura e criticou comentários de Donald Trump, que sugeriu que ela precisa de “terapia de raiva”.
Deportada após tentativa de solidariedade com Gaza
Greta participou nesta mês de uma flotilha organizada por grupos como a Freedom Flotilla Coalition para desafiar o bloqueio de Gaza, levando suprimentos de emergência para palestinos. No entanto, a embarcação foi interceptada por forças israelenses, apesar de condenações internacionais de grupos como a Anistia Internacional, que consideraram a ação ilegal. Segundo o Ministério de Relações Exteriores de Israel, a embarcação continuou sua rota para um porto israelense, e os ativistas seriam devolvidos aos seus países.
Em entrevista no aeroporto de Paris, Greta afirmou que foi “ilegitimamente atacada e sequestrada por Israel”, sendo levada sob custódia contra sua vontade. “Estamos sob uma ameaça ilegal, e ainda há muitas incertezas. Estou sem telefone há dias e não sei exatamente o que acontece”, declarou.
Conduta de Israel e a crise humanitária em Gaza
A ativista destacou as condições desumanas enfrentadas pelos palestinos na faixa de Gaza. “A violação dos direitos internacionais por Israel, que bloqueia a entrada de ajuda humanitária, é colocar vidas em risco e violações gravíssimas”, afirmou. Segundo ela, a situação atual torna ainda mais urgente uma resposta global ao conflito.
Reação à indiferença internacional
Questionada sobre a baixa atenção ao que ocorre em Gaza, Greta respondeu que “é por racismo, um fator que faz com que muitas pessoas ignorem a violência e o sofrimento palestino”. Ela também criticou o sistema que prioriza lucros econômicos e poder geopolítico em detrimento das vidas humanas.
Resposta às declarações de Donald Trump
Recentemente, Trump comentou sobre Greta, dizendo que ela precisava de “curso de controle da raiva” e classificando sua postura como “teenager nervosa”. Em resposta, a ativista declarou: “Acho que o mundo precisa de mais jovens mulheres revoltadas, especialmente com tudo que acontece agora”, reforçando a importância do engajamento juvenil por justiça e clima.
Detenção, solidariedade e futuro
Durante a detenção, dois membros da flotilha, incluindo a eurodeputada Rima Hassan, foram colocados em isolamento. O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Noël Barrot, afirmou que Israel deve expelir os ativistas franceses até o final da semana.
Greta segue firme em sua luta por direitos humanos e justiça ambiental, mesmo diante de críticas e obstáculos, reforçando a necessidade de uma atuação global mais ética e consciente, especialmente com o aumento de jovens engajados em causas sociais.
Mais detalhes da ação de Greta Thunberg na tentativa de solidarizar-se com Gaza podem ser conferidos nesse link.