Brasil, 13 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Governo não enfrenta gastos obrigatórios e perde credibilidade em reformas fiscais

Sem medidas estruturantes, governo Lula fica fragilizado para propor reformas tributárias e corte de benefícios fiscais, dizem especialistas

O governo federal, sob a gestão de Lula, não apresentou nesta quarta-feira (5) propostas consistentes para enfrentar os altos gastos obrigatórios, o que pode comprometer sua legitimidade para impulsionar reformas tributárias e cortar benefícios fiscais no Congresso. A medida provisória publicada não trouxe medidas estruturais, reforçando a dificuldade de avançar na responsabilidade fiscal.

Ausência de reformas estruturantes e impacto na credibilidade

O pacote negociado com a cúpula do Congresso não abordou temas considerados explosivos, como a desvinculação de benefícios sociais do salário mínimo, limites para o aporte ao Fundeb e a redução de gastos obrigatórios. Especialistas avaliam que essa postura enfraquece a posição do governo diante do Parlamento, dificultando a implementação de mudanças profundas.

Falta de enfrentamento aos gastos obrigatórios

Desde o início do mandato, Lula optou por ajustar as contas públicas por meio de aumento de arrecadação, evitando medidas impopulares. Segundo analistas, essa estratégia compromete a sustentabilidade fiscal do país. Além disso, houve decisões políticas que favoreceram a manutenção de benefícios populares, como o veto ao limite para o Benefício de Prestação Continuada (BPC), aprovado pela Câmara.

Medidas populistas e custos que elevam juros

O governo também vem adotando medidas populistas que encarecem a conta de luz e aumentam o endividamento público, contribuindo para a elevação dos juros básicos. Essas ações prejudicam a credibilidade do Brasil no mercado internacional e dificultam o acesso a investimentos externos, agravando a crise fiscal.

Debates sobre ampliação de isenções e gastos indiscriminados

Enquanto o país enfrenta dificuldades para equilibrar suas contas, a proposta de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil é vista como um estímulo a medidas eleitoreiras. Parlamentares resistem a cortes em emendas, que continuam bastante volumosas e não priorizam gastos de qualidade para a população.

Relevância de uma reforma fiscal de verdade

Para especialistas, a crise fiscal já é disfuncional e se tornará insustentável nos próximos meses, a menos que o governo encare de forma corajosa os gastos obrigatórios. A falta de uma reforma verdadeira compromete a credibilidade do Brasil perante investidores internacionais e ameaça o crescimento sustentável.

O debate sobre contas públicas precisa avançar além de medidas pontuais. Segundo economistas, o país corre risco de seguir amargando um endividamento crescente que impede sua entrada no grupo de nações com maior credibilidade financeira.

Perspectivas futuras e próximos passos

Analistas afirmam que o governo deve promover uma discussão aprofundada sobre os gastos obrigatórios. A expectativa é que, após o recesso, novas propostas possam surgir, com esperança de medidas mais duras para garantir a responsabilidade fiscal e fortalecer a credibilidade do Brasil no cenário internacional.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes