Durante uma entrevista ao programa CBS’s Face the Nation, a secretária de Segurança Interna Kristi Noem apoiou a ordem de Trump para federalizar a Guarda Nacional em Los Angeles, afirmando que a medida visa “a segurança da comunidade”.
De apoiadora a criticada por possibilidade de hipocrisia
Noem declarou que a federalização dos soldados é para “manter a paz” e que essa ação é necessária para proteger os direitos e a segurança local. Na ocasião, ela afirmou que essa medida seria uma forma de utilizar habilidades especiais dos militares para garantir a ordem pública.
No entanto, essa mesma líder republicana havia criticado ações semelhantes do governo Biden quando se tratava de uso da Guarda Nacional na fronteira com o México. Ela acusou os democratas de “encorajar o presidente a ativar nossos soldados” e de tentarem tirar direitos fundamentais de cidadãos americanos, como liberdade de expressão e de reunião.
Uso de palavras contra si mesma
Um trecho de sua declaração de 2024, que Noem compartilhou no Twitter e que agora acumula mais de 6,8 milhões de visualizações, mostra a mudança de postura. Na ocasião, ela dizia que ativar a Guarda nacional por Biden ou Abbott era uma ameaça às liberdades civis e aos direitos estaduais.
Críticos apontam que, ao apoiar a federalização sem aprovação do governador de Los Angeles, Gavin Newsom, Noem estaria demonstrando uma postura inconsistente, que pode ser interpretada como hipocrisia. Muitos na web questionaram: “Então, Kristi, você está dizendo que, se Biden ativasse a Guarda, seria errado, mas, se Trump faz, tudo bem?”
Reação da sociedade e críticas à incoerência
Comentários nas redes sociais foram rápidos: “Os republicanos são hipócritas”, comentou um internauta, enquanto outro questionou: “Kristi, você acha que a ativação da Guarda pelo Biden foi incorreta, mas a de Trump, não?”
Especialistas avaliam que essa troca de posições evidencia a polarização de opiniões dentro do próprio espectro político e reforça a percepção de incoerência entre discursos públicos e ações concretas de lideranças republicanas.
Perspectivas e impacto político
Analistas consideram que a controvérsia pode afetar a credibilidade de Noem junto ao eleitorado, especialmente em um momento de tensões crescentes em torno do uso militar na segurança pública. A discussão também reflete o clima de polarização nos Estados Unidos, em que pontos de vista podem mudar de acordo com interesses políticos do momento.
A questão da federalização da Guarda Nacional e o uso das Forças Armadas continuam sendo temas delicados, com implicações significativas para o equilíbrio de poder entre os estados e o governo federal. A posição de líderes como Kristi Noem será observada com atenção nas próximas semanas, à medida que o debate se intensifica.