Celebridades renomadas de Hollywood abriram o jogo sobre os bastidores sombrios da indústria do entretenimento, destacando abuso, desigualdade salarial e a crueldade de uma fama que muitas vezes vira peso. Entre elas, Jennifer Lawrence e Charlize Theron compartilham experiências que revelam um lado obscuro de Hollywood que pouco é mostrado ao público.
Depoimentos chocantes sobre abuso e humilhação em Hollywood
Jennifer Lawrence relatou uma experiência humilhante durante as filmagens, onde foi submetida a uma inscrição nude com mulheres muito mais magras, por uma produtora que a incentivou a usar fotos nuas como inspiração para sua dieta. “Depois, uma produtora disse que eu deveria usar as fotos como motivação. Foi degradante”, revelou a atriz. Jennifer também afirmou que tentou denunciar a situação, mas foi desacreditada e rotulada de “dificuldade” pela indústria.
Elijah Wood, protagonista de “O Senhor dos Anéis” aos 18 anos, falou sobre a exploração de crianças e adolescentes em Hollywood. Em 2016, ele afirmou que o esquema de abuso na indústria estava organizado e repleto de pessoas sem escrúpulos, o que dificultava para as vítimas denunciarem. “A escuridão é grande, e muitos não podem falar por medo de represálias ou por desconsiderar as vítimas”, declarou.
Sexismo, desigualdade e machismo: as denúncias de estrelas de Hollywood
Charlize Theron também não economizou críticas ao machismo presente no setor. Em 2017, a atriz chamou Hollywood de “caveman-like” por não apoiar direções de mulheres com grandes orçamentos. “Temos momentos em que mulheres conseguem romper barreiras, mas elas não se sustentam por muito tempo. É um ambiente machista, recalcado e retrógrado”, afirmou.
Megan Fox foi outro exemplo. A atriz, que começou sua carreira aos 15 anos, denunciou a objetificação e a sexualização precoce. “Fui à frente do movimento #MeToo quase uma década antes de ele existir oficialmente. Falar sobre abusos era visto como loucura e ridicularizado”, contou.
Falta de igualdade salarial e racismo no estrelato
Octavia Spencer relembrou uma conversa com Jessica Chastain, na qual a colega ajudou a elevar seu salário e destacou a desigualdade racial. “Mulheres de cor recebem muito menos e muitas vezes nem sequer falam abertamente sobre isso”, revelou. Jessica, em sua parte, twittou que Octavia foi subvalorizada por anos, e que ações como essa podem ajudar a combater a injustiça.
Gillian Anderson também teve de batalhar pelo reconhecimento financeiro. Após anos de luta por igualdade salarial, ela foi oferecida metade do que seu colega de elenco, David Duchovny, recebeu na retomada de “Arquivo X”. “É frustrante perceber que ainda enfrentamos esse racismo salarial”, desabafou.
Vozes de resistência e esperança
Arden Cho, ex-“Teen Wolf”, recusou uma proposta com salário muito inferior ao de seus colegas brancos. “Não tenho muitas opções, às vezes a necessidade fala mais alto”, explicou. Além disso, estrelas como Reese Witherspoon revelaram experiências de assédio e abuso na indústria, incluindo casos de assédio sexual de diretores quando tinham apenas 16 anos. “Senti nojo e raiva por não ter falado antes”, desabafou.
A luta por igualdade e justiça continua, muitas vezes a um preço alto para quem se manifesta. Katherine Heigl viajou na fama ao denunciar as condições de trabalho na famosa série, e Gabrielle Union reforçou a luta contra o racismo e a desigualdade salarial, especialmente para atores negros.
O lado invisível do sonho de Hollywood
Essas histórias revelam um lado obscuro de Hollywood que raramente chega ao grande público — um ambiente onde abusos, desigualdades e machismo ainda dominam. Apesar de toda glamour, muitas estrelas enfrentam uma batalha diária contra uma indústria que muitas vezes prioriza interesses pessoais e perpetua sistemas injustos.
Se você ou alguém próximo sofreu abuso sexual, pode ligar para o Disque Denúncia de Abuso Sexual. Para casos de abuso infantil, o Disque Denúncia de Abuso Infantil oferece suporte em mais de 140 idiomas.
