Brasil, 13 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Câmara vota na segunda urgência de projeto que derruba decreto sobre IOF

Presidente da Câmara, Hugo Motta, afirma que Casa vai acelerar votação para suspender novo decreto do governo sobre o imposto

A Câmara dos Deputados deve votar na próxima segunda-feira (9) a urgência do projeto de decreto legislativo que busca suspender os efeitos do recente decreto do governo que alterou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A iniciativa foi anunciada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), após reunião com líderes da bancada, reagindo às mudanças adotadas pelo Executivo nesta semana.

Contexto da disputa e reação ao decreto do governo

Na noite de quarta-feira (4), o governo publicou um decreto que recalibrou os valores do IOF, respondendo às críticas de parlamentares do Centrão e de opositores, que reclamaram do impacto na arrecadação e na economia. Mesmo assim, parlamentares de oposição e de partidos da base apresentaram resistência às medidas, alegando que elas prejudicam a gestão fiscal e aumentam a carga tributária de forma intempestiva.

Decisão pelo avanço na votação

Segundo Hugo Motta, o Colégio de Líderes decidiu pautar a discussão da urgência para garantir a votação do projeto na próxima semana. “O clima na Câmara não é favorável ao aumento de impostos com objetivo arrecadatório para resolver problemas fiscais do país”, afirmou nas redes sociais. A expectativa é que o plenário aprove a urgência, permitindo uma votação rápida na comissão especial.

Medidas do governo e resistência parlamentar

Após a publicação do decreto, o governo adotou uma série de medidas, incluindo a edição de uma Medida Provisória (MP) que oferece compensações às mudanças no tributo, além de recalibrar a tributação de títulos com incentivos fiscais. Essa MP, publicada nesta quarta, busca arrecadar até R$ 20 bilhões neste ano e evitar um impacto maior na arrecadação. No entanto, partidos como União Brasil e PP já afirmaram que irão rejeitar o pacote sem compromissos de corte de gastos públicos.

Posição dos líderes e do governo

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que busca um entendimento, apesar do clima hostil. “Vamos atuar para construir um bom entendimento. Ainda não está pautado o mérito de nada”, declarou. Já Hugo Motta reforçou que a Câmara não aceitará aumentos de impostos sem contrapartida de cortes, destacando que não ocupa o cargo para servir a interesses eleitorais.

Consequências econômicas e ajustes previstos

Mesmo com o recuo parcial no decreto do IOF, especialistas avaliam que o impacto na arrecadação de R$ 19,1 bilhões para cerca de R$ 6 bilhões a R$ 7 bilhões neste ano deve impactar o orçamento federal. Além disso, a MP prevê mudanças na tributação de aplicações financeiras, como a eliminação da isenção para títulos incentivados, que passarão a ser tributados em 5% a partir de 2026.

O governo também anunciou ajustes na tributação de fundos de investimento, como a redução do IOF sobre operações de câmbio e a unificação da alíquota de IR para investimentos em criptomoedas e outros ativos, passando a 17,5%. As novas regras pretendem reforçar a arrecadação enquanto incentivam a conformidade tributária no mercado financeiro.

Perspectivas futuras e próximos passos

Com a pauta de votação da urgência do projeto na próxima segunda, o Executivo aguarda o entendimento dos parlamentares para evitar uma derrota na Câmara. Caso seja aprovado, o projeto seguirá para análise no Senado, onde também há resistência às mudanças fiscais. A expectativa é que as discussões continuem acirradas, refletindo o cenário de crise política e econômica do país.

O governo brasileiro, por sua vez, mantém o objetivo de balancear a necessidade de arrecadação com o clima de resistência no Congresso, utilizando medidas alternativas como a MP para tentar aprovar mudanças na política tributária sem perder apoio político.

Para mais informações, acesse o fonte original.

**Meta descrição:** Câmara vota na segunda-feira urgência para derrubar decreto sobre o IOF, em meio a disputa política e medidas do governo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes