Brasil, 13 de junho de 2025
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Aluna que reclamou de soja na merenda comemora mudança no cardápio em Juazeiro do Norte

A estudante que viralizou ao criticar a merenda escolar vê melhorias no cardápio, trazendo carne de volta para as refeições.

A história de Maria de Fátima, uma aluna de 9 anos de Juazeiro do Norte, no Cariri cearense, ganhou destaque nas redes sociais e na mídia em geral após sua reclamação sobre a frequência do uso de soja nas refeições escolares. A estudante, que se tornou um ícone da luta por melhorias na merenda escolar, celebrou, nesta quarta-feira (11), uma significativa mudança no cardápio oferecido no colégio municipal em que estuda.

Viralização da reclamação

O clamor de Maria começou a ganhar repercussão no início de junho, durante uma audiência pública, onde ela tomou a palavra para expressar sua frustração. “Mandem pelo menos uma carninha, porque ninguém aguenta mais soja”, pediu a menina, uma fala que rapidamente se espalhou pelas redes sociais, gerando milhares de visualizações e comentários de apoio.

Após o vídeo viralizar, muitas vozes se uniram à de Maria, pedindo uma alimentação mais variada e nutritiva nas escolas. Sua mãe, Alane Pinheiro, revelou que há cerca de um ano, a filha vinha fazendo críticas sobre a falta de diversidade nas refeições, mas foi a coragem em se pronunciar publicamente que fez toda a diferença.

A promessa de mudar o cardápio escolar

Graças ao mobilização em torno de sua reclamação, Maria de Fátima pôde comemorar uma refeição diferente na escola. Em suas redes sociais, a aluna compartilhou sua alegria ao dizer: “Hoje, graças a Deus, com a ajuda de vocês, não teve soja! Foi arroz, com frango, com feijão. Uma delícia!” Essa mudança criou um clima de esperança entre estudantes e pais, que agora aguardam por melhorias contínuas na qualidade da merenda escolar.

Problemas com fornecedor de carne

O prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra, também se posicionou sobre a situação. Ele revelou que houve um problema com o fornecedor de carne, que não cumpriu o que havia sido acordado. “Pedimos 17 mil quilos de carne e ele inicialmente forneceu apenas 1 mil. Isso gerou uma série de contratempos, mas estamos tomando providências para resolver a situação”, afirmou. O prefeito ainda informou que a prefeitura abriu um processo administrativo para apurar a falha no fornecimento.

Além disso, o prefeito anunciou que estão sendo feitos esforços para garantir um fornecimento mais confiável, incluindo a assinatura de um contrato com a agricultura familiar, para que as escolas possam ter acesso a alimentos de qualidade.

Transparência e fiscalização

Em resposta à repercussão do vídeo de Maria, Glêdson Bezerra fez uma live em suas redes sociais, onde mostrou o estoque disponível de alimentos no depósito da merenda escolar. O objetivo foi esclarecer à população sobre a situação e mostrar que a prefeitura está atenta às necessidades dos alunos. No vídeo, ele exibiu diversos alimentos, incluindo carnes, verduras e alimentos não perecíveis.

“Temos 95 escolas e aqui está apenas uma parte do que conseguimos armazenar. O que não mostrei foram os hortifrutis e outros alimentos que compramos da agricultura familiar”, destacou Bezerra, enfatizando a importância da transparência na gestão pública.

O prefeito também começou a compartilhar imagens das refeições servidas nas escolas, uma iniciativa que visa manter a comunidade informada sobre a alimentação oferecida aos alunos e garantir que as promessas de melhoria sejam cumpridas.

A mudança é uma vitória coletiva

A história de Maria de Fátima reflete a importância da participação cidadã e do diálogo entre estudantes, pais e administração pública. Sua coragem em se pronunciar e a mobilização em torno de sua reclamação resultaram em uma mudança positiva não apenas para ela, mas para todos os alunos de Juazeiro do Norte.

À medida que as autoridades continuam trabalhando para melhorar as condições da merenda escolar, a experiência de Maria serve como um lembrete de que cada voz tem poder, e que a luta por uma alimentação digna e nutritiva é uma responsabilidade de todos.

Com essas melhorias, espera-se que as refeições escolares não só sejam mais agradáveis, mas também contribuem para a saúde e o bem-estar das crianças, nutrindo não apenas seus corpos, mas também suas mentes, preparando-as para um futuro mais promissor.

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