Brasil, 14 de junho de 2025
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Trump e o possível uso militar contra manifestantes nos EUA

Após ordens de Trump, Pentagon pode estar disposto a usar força letal contra protestos, levantando questões legais e éticas

À medida que Donald Trump intensifica sua pressão sobre o militares para conter protestos internos, há sinais de que seu núcleo no Pentágono estaria disposto a seguir ordens potencialmente ilegais de disparar contra cidadãos americanos, levantando preocupações sobre o uso da força e a legalidade dessas ações.

Esquema militar e ameaças de violência

Relatos revelam que, durante o governo Trump, houve discussões sobre o uso de tropas, inclusive com propostas de disparar contra manifestantes. Segundo ex-oficiais, Trump chegou a sugerir que militares atirassem nas pernas dos protestantes para dispersar as manifestações, uma orientação que é considerada ilegal sob a legislação americana. Recentemente, essa possibilidade voltou à tona com a mobilização de tropas na Califórnia, em resposta a protestos contra ações de imigração.

Reações e perigos do uso de força

Gavin Newsom, governador da Califórnia, criticou duramente as ações do governo federal, afirmando que Trump tentou fabricar caos ao enviar tropas sem necessidade, dificultando o trabalho das forças locais. “Trump criou uma crise e inflama as condições para uma escalada de violência”, publicou Newsom em redes sociais. A presença de militares nas ruas, sem autorização formal de autoridades locais, gera preocupação de que possa ocorrer violência indevida.

Reservas e dúvidas sobre a legalidade

Embora o governo esteja mobilizando forças como a Marinha e a Guarda Nacional, o uso de militares para conter protestos ainda é cercado de dúvidas jurídicas. A Lei de Insurreição de 1807, por exemplo, exige a declaração formal de insurreição para que as tropas possam fazer prisões ou usar força letal, algo que Trump não declarou até o momento. Especialistas alertam para os riscos de ativar essas instituições fora do seu escopo legal, o que poderia configurar abuso de poder.

Respostas do Pentágono e políticos

O secretário de Defesa, Pete Hegseth, evitou responder se obedeceria a ordens de disparar contra manifestantes, alegando que a lealdade dele é ao presidente e às regras de conduta militar. Em resposta, críticos acusam Trump de tentar usar as forças armadas como instrumento de repressão política, ameaçando a democracia e o Estado de Direito.

Contexto histórico de distúrbios e militarização

Esse cenário remete aos episódios de 2020, quando Trump ordenou a retirada dos militares de Lafayette Square durante protestos contra a violência policial, numa ação que gerou ampla repercussão internacional e interna. Na ocasião, oficiais do Exército e do Corpo de Fuzileiros Navais solicitaram desculpas por sua participação, o que não se espera agora, dado o alinhamento de figuras como Hegseth com o mandatário.

Perspectivas futuras de intervenção

Com a escalada de tensões, especialistas alertam para os riscos de uma resposta militar desproporcional, que poderia aprofundar crises civis. Analistas afirmam que o uso de força contra civis, sem respaldo legal, compromete os fundamentos democráticos e pode gerar um ciclo de violência sem precedentes.

Enquanto isso, líderes políticos e defensores dos direitos civis continuam a questionar e monitorar as ações do governo, no intuito de evitar um futuro onde as forças armadas se tornem instrumento de repressão. A situação permanece tensa, com a possibilidade real de que decisões de Trump e seu grupo militar possam impactar a democracia americana de forma irreversível.

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