Brasil, 12 de junho de 2025
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Trump busca apoio de militares para fazer disparos contra civis

Após ordens de Trump, figuras no Pentágono mostram possível disposição para ações ilegais contra manifestantes nos EUA

Durante sua gestão, Donald Trump tentou obter apoio de líderes militares para ações extremas, incluindo disparos contra civis em protestos, apontam fontes. A possibilidade de uso de forças do Pentágono para conter dissidência doméstica reacende o debate sobre limites legais e democráticos na administração do presidente.

Militares sob influência das ordens de Trump

Oficiais de defesa, como o ex-secretário Mark Esper, revelaram que Trump chegou a sugerir o uso de armas para dispersar manifestantes, incluindo tiros nas pernas. Esper afirmou que o então presidente pediu “que atirassem nos protestantes”, uma ordem que viola leis e princípios democráticos dos Estados Unidos. Segundo Esper, Trump tentou obter apoio para a atuação de tropas na repressão a movimentos nas ruas, mesmo sem uma declaração de insurreição legal.

Hegseth evita responder sobre possíveis ordens

Durante audiência de confirmação, o nomeado secretário da Defesa, Pete Hegseth, evitou responder se obedeceria a uma eventual ordem de Trump para disparar contra manifestantes em 2020. Hegseth afirmou que não poderia revelar suas possíveis ações públicas, alegando a lealdade ao presidente e a confidencialidade de ordens militares.

Escalada militar e ameaças à liberdade de protesto

Após ordens de Trump para reforçar a presença militar contra protestos em Los Angeles, a situação se agravou com a chegada de mais de 2 mil tropas da Guarda Nacional da Califórnia e, posteriormente, 700 Marines. Trump afirmou que “teremos tropas em todos os lugares”, mesmo sem solicitação formal do governador local, Gavin Newsom.

Apesar das restrições legais, como a Lei de Insurreição de 1807, Trump ainda não declarou oficialmente um estado de insurreição, embora continue chamando os protestos de “levantes insurrecionais”. Especialistas alertam que tais ações representam um risco à estabilidade democrática e à separação de poderes.

Críticas e responsabilidade política

Senadora progressista, Mazie Hirono, afirmou que Trump está abusando de seu poder, usando forças militares para se manter no controle e desrespeitar a lei. Ela questiona quem poderia impedi-lo de continuar com ações autoritárias. Por sua parte, o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, responsabilizou o governo da Califórnia e Gavin Newsom por fomentarem violência, defendendo a necessidade de proteger as forças federais contra “mobes violentas”.

Contexto histórico de uso militar e limites legais

Durante os protestos de 2020, Trump tentou justapor a força com a imagem de autoridades militares ao redor da Casa Branca para dispersar manifestantes. Esper e Milley, então, se desculparam pelos abertos ao incidente, que culminou na sua saída do governo. Atualmente, Hegseth, aliado de Trump, parece disposto a seguir uma linha semelhante sem questionar ordens, o que preocupa defensores da demokracia.

Especialistas destacam que qualquer movimento de força exagerada sem respaldo legal pode configurar abuso de poder, com potencial de crise institucional. A controvérsia sobre o uso das forças militares contra civis nos Estados Unidos volta a ganhar força diante das recentes decisões e declarações do governo.

Para os críticos, isso reforça o perigo de um presidente que tenta ampliar seus poderes às custas do estado de direito, ameaçando a própria democracia americana.

Texto atualizado até esta quinta-feira, 26 de outubro de 2023. Para mais detalhes, acesse HuffPost.

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