Brasil, 13 de junho de 2025
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Senado aprova projeto que torna ataque a escola crime hediondo

Com sanção presidencial, ataques a escolas terão penas mais severas e serão classificados como crimes hediondos no Brasil.

Na última quarta-feira, 11 de junho, o Senado Federal aprovou o Projeto de Lei nº 3613/23, que altera gravemente a definição legal em relação aos ataques a instituições de ensino no Brasil. Com essa aprovação, a proposta, que já estava em análise, segue agora para a sanção do presidente da República.

O que muda com o novo projeto?

De autoria do governo federal e aprovado anteriormente na Câmara dos Deputados, o projeto torna crime hediondo o homicídio, a lesão corporal seguida de morte e a lesão corporal gravíssima cometidos dentro de instituições de ensino, sejam públicas ou privadas.

Esse texto abrange não apenas escolas de educação básica, mas também instituições de ensino superior, técnicas, profissionalizantes e cursos de idiomas. A proposta surgiu em um momento delicado, após o terrível ataque à creche Cantinho Bom Pastor em Blumenau, Santa Catarina, que resultou na morte de quatro crianças, um caso que chocou o país e que evidenciou a necessidade de medidas mais rigorosas de proteção nas escolas.

Origem e motivação do projeto

A proposta foi impulsionada pela necessidade urgente de proteger os estudantes e profissionais das escolas brasileiras, diante do aumento de casos de violência nas instituições de ensino. O ataque a Blumenau foi um divisor de águas, fazendo com que legisladores e o público em geral exigissem ações efetivas para prevenir que situações semelhantes se repetissem.

Consequências após a sanção presidencial

Após a sanção, os condenados por ataques a escolas não podem mais obter fiança, anistia, indulto ou liberdade provisória, considerando a gravidade dessas ações que agora estão classificadas como crimes hediondos. O novo texto também institui regras mais rigorosas para o cumprimento das penas, que devem começar em regime fechado.

Em termos de penalidades, o projeto contempla um agravante significativo: o homicídio cometido nas dependências escolares poderá acarretar uma reclusão de 12 a 30 anos. Além disso, as penas por lesão corporal, anteriormente de 3 meses a 1 ano, agora podem se estender de 4 a 12 anos quando resultarem em morte e serão aumentadas de um terço a dois terços se ocorrerem dentro de instituições de ensino.

Reação da comunidade escolar e da sociedade

A aprovação do projeto gerou reações expressivas entre educadores, pais e alunos. A comunidade escolar aplaudiu a iniciativa como uma forma de reforçar a segurança nas escolas, ao passo que muitos ressaltaram a importância de uma revisão mais ampla dos mecanismos de prevenção à violência. Além de modificar a legislação, um diálogo aberto sobre a cultura de paz nas escolas e o aumento da presença de profissionais de segurança nas instituições se fez necessário para garantir que os estudantes possam retornar às aulas com segurança.

Apesar de ser um passo significativo no reconhecimento da gravidade da violência contra instituições de ensino, ainda existem questionamentos sobre a efetividade de ações preventivas e sobre como as escolas podem implementar uma cultura de paz que minimize as chances de incidentes violentos.

Próximos passos e implicações

O texto agora aguarda a sanção presidencial, o que poderá ocorrer em um prazo curto, visto que medidas de segurança para a educação têm sido uma prioridade no governo atual. A expectativa é de que tão logo a legislação seja formalizada, as escolas recebam orientações sobre como aplicar as novas regras e quais medidas adicionais podem ser tomadas para garantir um ambiente seguro para os estudantes.

A discussão sobre a segurança nas escolas brasileiras está apenas começando, e o impacto dessa nova legislação será acompanhado de perto por todos os que se preocupam com a educação e a segurança de crianças e adolescentes em nosso país.

Esta iniciativa não só reflete uma mudança na legislação, mas também promove um importante debate sobre a necessidade de proteção e respeito nas instituições de ensino, visando um futuro onde a violência e o medo não tenham espaço nas salas de aula.

Para mais informações, acesse o link original: Metropoles.

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