Brasil, 13 de junho de 2025
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Professores do DF em greve recebem aviso de corte de ponto

Governador Ibaneis Rocha confirma que não haverá reajuste para servidores em 2025, enquanto professores seguem paralisados.

No dia 11 de junho de 2025, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou que não concederá reajuste salarial para nenhuma categoria do funcionalismo público no próximo ano e que irá cortar o ponto dos professores em greve desde o dia 2 de junho. A informação provoca reações entre os educadores e gera preocupações quanto às condições de trabalho na rede pública de ensino.

A greve dos professores no Distrito Federal

A greve dos professores da rede pública do DF começou no início de junho, com o intuito de reivindicar um reajuste salarial de 19,8%, além de melhorias nas condições de trabalho e valorização da carreira. Apesar da paralisação, a Secretaria de Educação informou que das 713 escolas públicas apresentaram apoio ao movimento, sendo 102 completamente paralisadas. As demais unidades mantiveram o funcionamento de maneira parcial, uma vez que alguns servidores decidiram não aderir à greve.

Decisão do governador e suas implicações

Durante a declaração, Ibaneis Rocha afirmou que, devido a questões de equilíbrio fiscal, “não vai avançar em nenhuma pauta que diga respeito ao reajuste de salário”. O governador garantiu que o canal de diálogo com os sindicatos permanece aberto, mas que a administração não vai ceder a pressões para agradar entidades sindicais. “Teremos, certamente, várias greves esse ano, como é um ano pré-eleitoral e os sindicatos são comandados pela esquerda”, acrescentou.

O Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), até o momento da publicação desta reportagem, não havia se manifestado oficialmente sobre as declarações do governador. Contudo, é certo que a posição do governo poderá intensificar o conflito e as tensões entre as partes envolvidas.

Intervenção judicial e multas

Vale destacar que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) considerou a greve dos professores ilegal e impôs uma multa diária de R$ 1 milhão ao sindicato. No entanto, essa punição foi suspensa pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo assim, a ordem de fim da paralisação e o corte de ponto foram mantidos.

Reivindicações dos professores

Os docentes que estão paralisados exigem uma série de melhorias, entre elas:

  • Reajuste salarial de 19,8%;
  • Possibilidade de professores contratados temporariamente utilizarem o tempo de serviço para melhoria de enquadramento quando se tornarem efetivos;
  • Ampliação do percentual de aumento a cada mudança de padrão;
  • Valorização da progressão horizontal, que inclui especialização, mestrado e doutorado, com ampliação dos percentuais de aumento salarial.

A Secretaria de Educação do Distrito Federal afirmou que está acompanhando a situação dos profissionais e que a prioridade continua sendo a garantia do direito à educação, mantendo um diálogo responsável com os educadores.

Expectativas para o futuro

As declarações do governador e as contínuas greves dos professores levantam questionamentos sobre qual será o futuro da educação pública no Distrito Federal. Com a aproximação das eleições, o cenário político poderá influenciar diretamente as negociações entre o governo e os educadores.

A luta dos professores, que buscam reconhecimento e valorização, pode ganhar mais visibilidade nas próximas semanas, e o desfecho dessa greve poderá impactar não apenas a categoria, mas também a qualidade do ensino oferecido nas escolas públicas do DF.

À medida que o conflito se intensifica, resta acompanhar como o governo do DF e o sindicato dos professores irão reagir e quais medidas serão tomadas para buscar uma solução que beneficie a todos os envolvidos.

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