O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quarta-feira que é imprescindível a implementação de medidas de cortes de gastos e da Reforma Administrativa para enfrentar a “situação importável” que o Brasil enfrenta. Ele destacou que o governo precisa assumir a liderança na discussão sobre o ajuste fiscal.
Necessidade de liderar o ajuste fiscal
Durante sua participação no 3º Simpósio Liberdade Econômica, em Brasília, Motta reforçou que o país não pode mais adiar as ações necessárias para solucionar sua crise financeira. “Estamos tentando adiar o inadiável, não dá mais para empurrar sujeira para debaixo do tapete, porque está insuportável para o país essa condição”, afirmou.
Segundo o presidente da Câmara, o governo do presidente Lula deve liderar a discussão sobre o corte de gastos públicos para equilibrar as finanças e garantir a estabilidade econômica.
Críticas ao pacote fiscal negociado por Haddad
Motta voltou a criticar o pacote fiscal em negociação pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que prevê a taxação de investimentos atualmente isentos, como LCA e LCI. “O Congresso está bastante incomodado com medidas que aumentem impostos sem fazer o dever de casa de corte de gastos e ajuste fiscal”, discursou.
Medidas de arrecadação e o impacto no setor
Nas discussões sobre um pacote alternativo ao aumento do IOF, o foco tem sido em medidas de elevação de receitas. Haddad sinalizou que pretende retomar propostas não aprovadas anteriormente pelo Congresso, juntando-as a novas sugestões dos parlamentares. Ele admitiu que essas novas medidas podem “assustar” inicialmente, mas que são necessárias para “corrigir distorções”, como a renúncia fiscal do setor agroindustrial e títulos isentos que serão impactados no pacote fiscal.
“De domingo para cá, muita gente veio conversar comigo e com vocês para falar o quão injusto é pagar IR. Mas o que nós pagamos é diferente, porque temos 27,5% de desconto na folha”, afirmou Haddad em audiência na Câmara dos Deputados.
Perspectivas futuras
Enquanto o governo busca um consenso, a sociedade debate sobre a necessidade de equilíbrio fiscal e reformas. A expectativa é que o Legislativo continue pressionando por cortes de gastos e medidas responsáveis, essenciais para garantir a estabilidade econômica do Brasil em um cenário desafiador.
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