Brasil, 14 de junho de 2025
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Haddad destaca crescimento econômico e reforma tributária no Brasil

Ministro Fernando Haddad celebra avanços econômicos e reforça necessidade de enfrentar distorções no sistema tributário e orçamentário

O ministro Fernando Haddad ressaltou o crescimento da economia brasileira nos últimos anos e agradeceu ao Congresso pelas medidas aprovadas nesse período. Em discurso durante reunião conjunta das comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle, Haddad afirmou que, embora haja avanços, o trabalho ainda não terminou e novas ações são essenciais para consolidar um ciclo econômico sustentável.

Brasil em destaque no ranking mundial de crescimento

Segundo Haddad, o Brasil está em condições de manter um crescimento robusto e sustentável, destacando que, no primeiro trimestre de 2025, o país cresceu 1,4%. “Se você pegar o ranking global de crescimento, verá que o Brasil está no topo da lista, até mesmo à frente de países como China e Estados Unidos, este último em retração econômica”, afirmou o ministro. Ele destacou, ainda, que a continuidade desse ritmo depende de enfrentar tabus e corrigir distorções no sistema tributário e orçamentário.

Reforma do Imposto de Renda: pontos essenciais

Haddad colocou a reforma do Imposto de Renda como uma das principais medidas para corrigir desigualdades. Ele lembrou que a proposta, que está há meses no Congresso, visa tornar o sistema mais justo. “Os brasileiros que ganham mais de um milhão de reais têm uma alíquota efetiva de 2,5%, enquanto quem trabalha com carteira assinada paga 27,5% na fonte. Até agora, não recebi sugestões melhores para o IR do que a apresentada pelo governo”, afirmou.

Cobertura e desigualdade

O ministro ressaltou que a reforma do IR atinge aproximadamente 0,8% da população, ou seja, os moradores de cobertura. Ele destacou a necessidade de ampliar o debate para além desse pequeno grupo, promovendo equidade na tributação.

Arcabouço fiscal e desafios atuais

Haddad reconheceu que o arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso é positivo, mas advertiu que ele não resolve todas as questões. “O desafio maior é fazer as diferentes partes orçamentárias caberem no todo”, explicou. Ele citou, por exemplo, que despesas relacionadas ao Fundeb e ao BPC aumentaram R$ 100 bilhões e reforçou que medidas estão sendo tomadas para compatibilizar decisões judiciais que impactam o orçamento, em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Judicialização e controle de despesas

Para Haddad, a judicialização e a alta quantidade de liminares prejudicam o controle das contas públicas, muitas vezes desviando recursos essenciais para quem realmente necessita. “Quando isso passa por uma máquina judicial, podemos perder o controle da situação e faltar dinheiro para quem realmente tem direito”, afirmou.

Sustentabilidade do ciclo de crescimento

O ministro destacou que o Brasil emite títulos com spreads compatíveis a países com bom grau de crédito, como o México. Entretanto, reforçou que é fundamental implementar medidas econômicas adiante para que esse ciclo seja sustentável. “Se as propostas no Congresso avançarem, podemos manter o crescimento na média global ou acima dela”, concluiu Haddad.

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