No último dia 10, uma família de Mongaguá, litoral de São Paulo, entrou com um pedido de indenização no valor de R$ 182.160,00 contra o Mercadão Atacadista, após um incidente alarmante que resultou em injúrias e agressões físicas em um de seus membros. O caso gerou comoção e levou a Polícia Civil a dar início a uma investigação sobre os eventos ocorridos no interior da loja.
O incidente no Mercadão Atacadista
O episódio se desenrolou no dia 17 de abril, véspera do feriado prolongado de Sexta-Feira Santa, quando um idoso de 60 anos aguardava na fila preferencial. Segundo o relato da família, ele foi chamado de “aleijado” por um grupo de clientes. Ao tentar defender o pai, seus filhos, de 13 e 16 anos, e o genro de 18, foram agredidos fisicamente por um homem, que também se envolveu em insultos.
“Ficaram debochando da minha cara, me xingando de aleijado. Aí, depois, eles falaram bem alto: ‘Chama a polícia aí para esse pobre, para esse aleijado’”, disse o idoso, ainda chocado com a situação.
Funcionários acusados de facilitar a fuga do agressor
Segundo a família, os funcionários do Mercadão Atacadista não apenas falharam em intervir adequadamente durante a agressão, mas também facilitaram a fuga do agressor, que se evadiu do local antes que a Polícia Militar chegasse. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou que a Polícia Civil está tratando o caso como injúria e lesão corporal.
O advogado da família, Paulo Graeser, criticou a falta de ação da equipe de segurança do atacadista. “No momento da ocorrência, apesar de estar o estabelecimento inteiro voltado para a cena de horror que se conduzia, nenhum segurança apareceu para intervir,” afirmou ele, destacando a gravidade do ocorrido.
Consequências das agressões
Os exames de corpo de delito realizados nas vítimas indicaram ferimentos considerados leves. Diante disso, o advogado ingressou com uma ação judicial em nome de seus clientes, solicitando indenização a base de 30 salários-mínimos para cada um dos agredidos, totalizando o elevado valor mencionado.
Ainda segundo Graeser, após a agressão, o Mercadão Atacadista não prestou qualquer assistência à família, nem mesmo forneceu um copo de água após o ocorrido. Ele completou: “Fora a vergonha, pois o mercado estava lotado, e isso só aumentou o sofrimento da família.”
Posicionamento do Mercadão Atacadista
O Mercadão Atacadista se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido, rebatendo as acus ações e alegando que a situação foi um “episódio isolado” entre clientes, sem a participação de colaboradores. Em sua nota, o estabelecimento destacou: “Nossa equipe de segurança agiu prontamente, conforme os protocolos estabelecidos, para conter os ânimos e garantir a integridade de todos os presentes.” Além disso, mencionou que possui imagens do incidente e está disposto a apresentá-las em juízo, se necessário.
O comunicado finalizou com uma reafirmação de compromisso da empresa com a segurança e o respeito a todos os seus clientes e colaboradores, lamentando o que aconteceu e reafirmando a transparência nas ações da loja.
A sequência do caso
Atualmente, a Polícia Civil continua investigando as circunstâncias do caso e busca identificar o agressor. O advogado da família também mencionou que planeja auxiliar as vítimas a encaminhar uma ação criminal contra o agressor por conta das agressões sofridas. Este caso levanta questões sérias sobre a segurança nos estabelecimentos comerciais e o tratamento às pessoas com deficiência e suas famílias.
A situação no Mercadão Atacadista de Mongaguá serve como um alerta para a necessidade de melhorias nas políticas de atendimento aos clientes, especialmente quando se trata de garantir a integridade e o respeito às pessoas em situações vulneráveis.
A sociedade aguarda ansiosamente mais desdobramentos desse caso impactante, que evidencia não apenas a necessidade de justiça, mas também a importância de um tratamento humano no cotidiano de nossas interações sociais.