Na última quarta-feira (11), a cratera que se abriu na Marginal Tietê, em São Paulo, completou um mês desde sua primeira aparição. O buraco, que inicialmente surgiu em 10 de abril, na pista central, na altura da Ponte Atílio Fontana, levou à interdição da via e gerou grandes congestionamentos na região.
Histórico do problema e suas consequências
A cratera foi descoberta pela Sabesp, que identificou infiltrações na caixa de acesso, uma estrutura essencial para a manutenção das tubulações de esgoto. De acordo com a empresa, a abertura foi causada por uma sobrecarga no sistema de esgoto, que não suportou a pressão. Após a primeira ocorrência, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) bloqueou o trecho por cinco dias para que os reparos fossem realizados.
No entanto, a situação se agravou quando, no dia 11 de maio, a cratera reapareceu no mesmo local, forçando a Sabesp a realizar uma nova vistoria. O diagnóstico foi de que o problema era mais complexo do que inicialmente pensado, e a companhia decidiu que seria necessário refazer a caixa de acesso para garantir a segurança dos funcionários e dos motoristas que transitam pelo local.
Medidas temporárias para minimizar impactos no trânsito
Enquanto os reparos não são finalizados, a Sabesp implementou uma solução temporária: uma alça de acesso na Marginal Tietê permanecerá em operação durante todo o período das obras. Esta alça foi projetada para desafogar o trânsito na região, interligando a pista local à pista central da Marginal, na altura da Ponte Atílio Fontana. A obra foi executada pela CCR, concessionária responsável pelo trecho, e custeada integralmente pela Sabesp.
A alça de acesso conta com duas faixas temporárias, que facilitarão a movimentação dos veículos no canteiro central, permitindo que os motoristas transitem entre as pistas, reduzindo assim os impactos do tráfego pesado que a cratera causou nos últimos dias.
Desafios e previsões para conserto
A Sabesp, em suas últimas declarações, afirmou que a condição do solo ao redor da cratera é instável e representa riscos tanto para os trabalhadores que irão atuar na reparação quanto para os usuários da via. Para fortificar o solo, a companhia utilizou um volume equivalente a 20 caminhões betoneiras de concreto, e haverá um aumento na quantidade de material nos próximos dias.
Somente após a estabilização do solo, a equipe da Sabesp poderá descer com segurança os cerca de 18 metros para realizar a efetiva troca da caixa de acesso. No entanto, a empresa ainda não consegue fornecer uma data precisa para a conclusão dos reparos, o que deixa motoristas e moradores da região apreensivos.
A expectativa da população e o papel da fiscalização
A situação da cratera na Marginal Tietê levanta questões sobre a infraestrutura de esgoto da capital paulista e a necessidade de melhorias para evitar que problemas semelhantes voltem a ocorrer. A população tem demonstrado preocupação com os prejuízos causados ao tráfego e os riscos ao seu redor. A gestão da situação e a rapidez na execução dos reparos têm sido alvo de atenção por parte de órgãos de fiscalização e da própria sociedade civil.
À medida que o mês se encerra e sem uma previsão clara para a resolução desse problema, a expectativa é de que as autoridades responsáveis comuniquem mais frequentemente o progresso das obras e assegurem que a segurança dos usuários da via seja a prioridade neste processo de recuperação da normalidade no tráfego da Marginal Tietê.