Brasil, 13 de junho de 2025
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Conceição Evaristo pede respeito e igualdade no tratamento

Durante uma recente entrevista, a renomada escritora e ativista Conceição Evaristo compartilhou reflexões profundas sobre o tratamento social e a percepção de respeito entre as diferentes raças e classes sociais. A autora enfatizou a importância de ser tratada como “senhora”, um termo que carrega significados culturais e históricos que merecem ser respeitados e reconhecidos.

A marcação social no uso dos pronomes

Evaristo iniciou sua fala relatando experiências de sua infância, quando o respeito pelos mais velhos era uma norma. “Eu quero que as pessoas brancas me tratem de senhora e vou explicar por quê: toda pessoa mais velha a gente chamava de senhora. Vizinhos, todo mundo”, afirmou. Para ela, essa prática não era apenas uma questão de etiqueta, mas uma forma de reconhecer a sabedoria e a experiência da geração anterior.

O respeito pelo uso do pronome “senhora” reflete uma hierarquia que estava intrinsecamente ligada às relações de poder e à história da população negra no Brasil. Conforme Evaristo destacou, “quando eu chegava na casa das patroas, as filhas das patroas, que tinham a minha idade, chamavam a minha mãe de você”. Essa diferença no tratamento revela um desprezo histórico que muitos ainda enfrentam nas interações cotidianas.

O significado do respeito

A escritora trouxe à tona uma crítica contundente sobre como muitos ainda se sentem no direito de menosprezar o próximo com base na cor da pele ou na condição social. “Eu não entendia até eu entender que esse senhor e senhora era uma marcação social”, disse Evaristo. Para a autora, é fundamental que se reconheça que mesmo uma empregada doméstica pode ter a mesma idade ou até ser mais velha do que os filhos das patroas, mas que o tratamento recebido demonstra uma clara distinção social.

A luta por uma sociedade mais igualitária

Conceição Evaristo é uma voz ativa nas discussões sobre igualdade racial e empoderamento. Sua trajetória como escritora e ativista a leva a promover debates essenciais sobre a inclusão e o respeito ao próximo. Através de suas palavras, ela não apenas conta suas experiências, mas também inspira gerações a lutar por um mundo mais justo.

O pedido de Evaristo para ser tratada como “senhora” é um convite à reflexão sobre como nossas ações e palavras podem afetar a vida do outro. É um lembrete de que o respeito deve ser a base de nossas relações, independentemente de cor ou classe social.

Um chamado à consciência social

Ao final de sua reflexão, Evaristo deixou claro que o respeito não deve ser um privilégio, mas um direito de todos. Sua mensagem ressoa na necessidade urgente de transformação social e no reconhecimento da dignidade humana em todas as interações. “Eu quero que as pessoas brancas me tratem de senhora”, concluiu, sublinhando a importância de um diálogo aberto e respeitoso que desafie as normas sociais estabelecidas.

Iniciativas que promovem a igualdade e a dignidade de todos são fundamentais para a construção de uma sociedade mais inclusiva e respeitosa. As palavras de Evaristo ecoam como um chamado à ação, instando cada um de nós a refletir sobre o papel que podemos desempenhar na luta pela dignidade e pelo respeito mútuo.

Assim, a luta por respeito e igualdade não é apenas uma batalha de Conceição Evaristo, mas deve ser uma luta de todos que desejam um futuro mais justo e igualitário para todas as pessoas.

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