Brasil, 12 de junho de 2025
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Advogada é presa em operação contra comunicação clandestina

Uma advogada foi detida no Ceará por suspeita de repassar mensagens de presos a criminosos em liberdade, em um esquema investigado pela polícia.

Nesta quarta-feira, 11 de junho, uma advogada foi presa em Sobral, interior do Ceará, sob a suspeita de repassar bilhetes de presidiários a criminosos em liberdade. A prisão faz parte da operação “Além do Ofício”, que já resultou na detenção de seis pessoas que estavam em liberdade e de mandados de prisão sendo cumpridos contra dois detentos de presídios da capital cearense e do município de Sobral.

A operação “Além do Ofício” e suas implicações

A operação “Além do Ofício” tem como objetivo desmantelar um esquema de comunicação clandestina entre presidiários e criminosos em liberdade. Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública do Ceará, a operação resultou na prisão de um advogado que estava ativamente envolvido no repasse de mensagens entre os presos e membros de facções que atuam fora das prisões. O delegado responsável pela operação destacou que esse tipo de comunicação pode facilitar a organização de ações criminosas e a continuidade do tráfico de drogas.

Além da advogada presa, um segundo advogado envolvido no esquema está sendo procurado pela polícia em Fortaleza. A Polícia Civil iniciou as investigações após receber denúncias sobre a prática ilícita e, até o momento, já identificou a atuação de mais pessoas que podem estar ligadas ao esquema.

Como funcionava o esquema

De acordo com as investigações, durante visitas aos presídios, os advogados recebiam bilhetes com ordens para ações criminosas e repassavam essas mensagens a outros suspeitos indicados pelos detentos. No conteúdo desses bilhetes estavam informações cruciais, como detalhes sobre a contabilidade dos grupos criminosos, locais de venda de drogas e instruções para novos contratos de crime.

Colaboração das autoridades

A Polícia Civil do Ceará conta com o apoio do Departamento de Polícia Civil do Interior Norte e da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas do Interior Norte (Draco Norte). As investigações têm sido consideradas um sucesso, mas ainda há muitos desafios a serem enfrentados. O delegado responsável pela ação ressaltou que o combate ao crime organizado no estado é uma prioridade e que a operação “Além do Ofício” é uma das várias ações que visam desarticular redes de facções crimininosas que operam dentro e fora dos presídios.

Até o momento, a Secretaria da Segurança Pública não divulgou mais detalhes sobre a identificação das outras pessoas presas na operação. Contudo, a expectativa é de que novas informações surjam à medida que as investigações avancem.

Desdobramentos e o futuro das investigações

Este caso é um lembrete da complexidade da luta contra o crime organizado no Brasil, onde a comunicação entre presidiários e criminosos em liberdade frequentemente permite que atividades ilícitas prosperem, mesmo dentro de sistemas penitenciários. O uso de advogados para facilitar essa comunicação é especialmente preocupante, uma vez que coloca em questão a ética profissional e a integridade da profissão.

As investigações continuam em andamento e a Polícia Civil está empenhada em buscar a verdade por trás dessas comunicações clandestinas, revelando como os grupos criminosos mantêm suas operações. À medida que mais informações se tornam disponíveis, espera-se que as autoridades brasileiras implementem novas estratégias para combater a crescente ameaça do crime organizado.

A sociedade civil é encorajada a colaborar com as autoridades, fornecendo informações que possam auxiliar nas investigações em andamento. O fortalecimento dos laços entre a polícia e a comunidade, assim como a promoção de campanhas de conscientização sobre o crime organizado, será fundamental para o sucesso a longo prazo no combate a essa questão que afeta a segurança e a tranquilidade da população.

As próximas semanas serão cruciais para a operação e para o futuro das investigações em torno do crime organizado no Ceará. Espera-se que ações semelhantes sejam implementadas em outras regiões do Brasil, a fim de combater este fenômeno em expansão.

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