A cidade de Matão, no interior de São Paulo, está em estado de choque após o assassinato da aposentada Deodata de Almeida Santos, de 91 anos. O crime brutal foi cometido pelo próprio filho, Walter Ribeiro dos Santos, que, segundo informações da polícia, estava em surto no momento da agressão. O caso levanta questões sobre saúde mental e violência familiar, que são questões cada vez mais debatidas na sociedade contemporânea.
A história de Deodata de Almeida Santos
Deodata, reconhecida por sua bondade e religiosidade, era uma figura querida na comunidade. Ela dedicou sua vida a cuidar da família e sempre se mostrou preocupada com o bem-estar de seus dois filhos, que viviam com ela. Conhecida no bairro Alto por vender roupas em sua juventude, ela era respeitada na igreja Congregação Cristã no Brasil, onde recebia visitas de diversos fiéis, mostrando sempre um sorriso, mesmo após enfrentar algumas adversidades, como a recente fratura do fêmur que a levou a usar um andador para se locomover.
Uma amiga próxima de Deodata, que preferiu não se identificar, relatou que Walter tinha um histórico de problemas psiquiátricos e já havia sido internado em algumas ocasiões. O tumulto familiar se acentuou nos últimos meses, e a amiga detalhou que, apesar de Walter não ter problemas com os vizinhos, ele começou a ter crises mais frequentes, o que preocupava a matriarca.
O crime que chocou a cidade
O crime aconteceu no dia 8 de junho, quando Walter, armado com um pé-de-cabra e um machadinho, foi visto por vizinhos em seu estado agitado. A Polícia Militar foi acionada após relatos de violência doméstica. Ao chegar no local, encontraram Walter sentado na calçada com as ferramentas na mão, e enquanto tentavam desarmá-lo, encontraram Deodata caída no chão da sala de estar da casa, com lesões graves na cabeça e dificuldades para respirar.
As evidências apontam que ferramentas do dia a dia, como um machadinho e um pé-de-cabra, foram usadas para perpetuar a violência. O socorro foi imediado, mas, infelizmente, Deodata chegou ao hospital sem vida, levando à dor e à incompreensão de amigos e familiares, que não conseguiam entender como uma situação tão trágica poderia ocorrer em uma família que, até então, parecia unida.
Reações da comunidade e homenagens
A morte de Deodata não passou despercebida e gerou uma onda de comoção na comunidade de Matão. Amigos e conhecidos deixaram mensagens de carinho e despedida nas redes sociais, relembrando as boas ações da idosa. “Que triste saber da dona Deodata, uma pessoa maravilhosa, bondosa! Que Deus conforte toda família e amigos”, comentou uma amiga em uma plataforma online.
A perda de uma figura tão amada fez com que os moradores da região se unissem em um luto coletivo. Segundo a amiga, “ela era uma pessoa muito amável”, e seu assassinato deixou um vazio na comunidade. As palavras de conforto e as lembranças de momentos felizes com Deodata ecoam no coração daqueles que a conheceram.
Questões de saúde mental e violência familiar
O caso levanta uma questão importante sobre saúde mental e suas implicações na vida familiar. A sociedade brasileira vem lutando para entender e abordar o tema da saúde mental, especialmente em situações de crise. Falta de recursos, estigma e a dificuldade de acesso a tratamento são barreiras que muitas famílias enfrentam. É fundamental que haja uma maior atenção para casos como o de Walter, que, segundo relatos, vinha apresentando comportamentos preocupantes e que culminaram em tragédias como essa.
Esta dura realidade nos lembra a importância de conversarmos mais sobre saúde mental e de buscar apoio, não só para quem enfrenta desafios, mas também para as famílias que lidam com comportamentos potencialmente perigosos. Que o caso de Deodata de Almeida Santos possa servir de alerta e inspire mudanças necessárias para garantir o bem-estar de todos os envolvidos.
A tragédia ainda será investigada pelas autoridades, enquanto a cidade de Matão lida com a dor da perda de uma matriarca e busca respostas para uma situação tão dolorosa e complexa.
