Os trabalhadores da limpeza pública de Teresina, Piauí, paralisaram suas atividades por 24 horas nesta terça-feira (10). A greve, que afetou a coleta de lixo, a capina e a varrição em todas as áreas da capital, é motivada pela reivindicação de salários atrasados referentes ao mês de maio, bem como pelo pagamento do vale-alimentação e do vale-transporte.
Motivos da paralisação
Em entrevista à TV Clube, Jônatas Miranda, presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação do Piauí (Seeacep), destacou que os trabalhadores estão protestando também contra a recorrência de atrasos nos pagamentos. Miranda mencionou que, segundo informações do vice-prefeito Jeová Alencar, a gestão municipal não possui dívidas com o consórcio encarregado pela limpeza, o Consórcio EcoTeresina. No entanto, a empresa alega que não recebeu os pagamentos devidos da Prefeitura.
Posicionamento da Prefeitura
A Prefeitura de Teresina se manifestou através de uma nota, afirmando que não tem pendências financeiras com o consórcio a respeito do exercício de 2025. A gestão municipal informou que, diante do cancelamento de contratos anteriores e da proibição legal de renovar contratos emergenciais por mais de 12 meses, foi iniciado um processo para garantir a continuidade dos serviços essenciais de limpeza.
No entanto, segundo a Prefeitura, a empresa responsável pelos serviços, o consórcio, não só se recusou a assinar os termos aditivos necessários como também entrou com ações judiciais que atrasaram a formalização de um novo contrato emergencial. O consórcio, conforme a nota oficial, está cobrando pagamentos de faturas que foram apresentadas apenas em maio de 2025, referentes a dezembro de 2024, e algumas delas estão sendo contestadas pela administração municipal.
Possíveis desdobramentos
Miranda alertou que, caso os trabalhadores não recebam uma resposta satisfatória da Prefeitura ou das empresas envolvidas até o final do dia, o sindicato irá convocar uma assembleia extraordinária, que poderá resultar em uma greve prolongada. A administração municipal ressaltou seu compromisso com a legalidade e a responsabilidade fiscal, enfatizando que a fiscalização e conferência dos serviços prestados em maio estão em andamento, com previsão de pagamento até o dia 30 de junho.
Condições de trabalho e comprometimento
A gestão municipal lamentou a postura do consórcio de interromper serviços essenciais como forma de pressionar a administração. A nota contínua enfatiza que tal comportamento é incompatível com o esperado de empresas que prestam serviços públicos. Além da questão da regularização das pendências financeiras, a Prefeitura está focada na elaboração de um edital para a contratação definitiva dos serviços de limpeza, que deveria garantir a estabilidade administrativa por um período contínuo de até 10 anos.
A importância da coleta de lixo para a saúde pública
A coleta de lixo e os serviços de limpeza pública são cruciais para a manutenção da saúde e do bem-estar da população de Teresina. A suspensão dessas atividades pode contribuir para a proliferação de doenças, além de causar transtornos visíveis na cidade. Com isso, espera-se que uma solução seja encontrada rapidamente para garantir que os trabalhadores recebam o que é devido e que os serviços essenciais retornem ao normal.
O momento é crítico para os trabalhadores e para a comunidade, que aguarda soluções definitivas para a problemática da coleta de lixo em Teresina. Assim, as negociações entre a Prefeitura, o consórcio EcoTeresina e os trabalhadores se tornam um tema de interesse público, que requer atenção e cooperação entre todos os envolvidos para que o bem-estar da população não seja comprometido.
Por fim, a situação se agrava à medida que os serviços essenciais são interrompidos, levando muitos cidadãos a se preocuparem com a saúde pública. O desfecho desse impasse será observado de perto pela comunidade e pela imprensa.
Para mais informações, acesse o link da reportagem completa: Greve dos garis em Teresina.