O superintendente da Los Angeles Unified School District, Alberto M. Carvalho, denunciou nesta semana as operações de imigração realizadas pelo governo federal, que têm espalhado medo e trauma entre famílias e estudantes. Carvalho, que foi um imigrante sem documentos antes de se tornar líder da segunda maior rede de escolas públicas dos EUA, afirmou que essas ações parecem mais operações militares do que processos migratórios.
Alberto Carvalho denuncia impacto das operações de imigração nas escolas
Desde o início de suas ações, o governo tem enviado agentes de imigração a comunidades próximas às escolas, questionando pais, conversando com estudantes e realizando pontos de verificação, além de usar veículos táticos visíveis e, recentemente, implantar a Guarda Nacional na cidade. Carvalho destacou que “nenhum estudante, de pré-escola ou ensino médio, representa risco à segurança nacional”, e que a resposta do governo promove trauma e desconfiança, prejudicando o ambiente escolar.
Famílias vivem com medo e se escondem
Segundo o superintendente, famílias estão se escondendo em suas casas e alguns estudantes estão evitando ir às aulas com medo de serem questionados ou detidos. Ele ressaltou que, independentemente do status migratório, todos os menores têm direito constitucional à educação pública gratuita nos Estados Unidos, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal há mais de 40 anos.
A importância de líderes históricos se posicionarem
Carvalho, que também é um defensor fervoroso do sistema público de educação, lembrou que, como imigrante que conquistou seu lugar, entende a importância de que os líderes e as instituições de ensino se manifestem contra essas ações que abalam a confiança das comunidades escolares. “A segurança e o bem-estar dos nossos estudantes devem estar acima de qualquer política migratória”, afirmou.
Impactos na comunidade escolar e o compromisso de LAUSD
A escola pública de Los Angeles reafirmou seu compromisso de manter suas portas abertas e oferecer um ambiente seguro, independente do status migratório das famílias. Carvalho finalizou dizendo que “não podemos permitir que o medo impeça uma criança de aprender ou uma família de confiar na escola”.
Perspectivas futuras e vigilância institucional
Especialistas e líderes comunitários pedem avanços na proteção às crianças e ao direito à educação, além de maior fiscalização para evitar ações que promovam o medo. O caso reforça a importância de a sociedade civil e as instituições defenderem uma educação inclusiva e segura para todos.
