Brasil, 10 de junho de 2025
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STF retoma interrogatórios de réus envolvidos em trama golpista

Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, é interrogado nesta terça-feira pelo STF sobre plano de impedir a posse de Lula.

Em mais uma etapa dos interrogatórios relacionados à trama golpista, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) dá continuidade aos depoimentos dos réus nesta terça-feira. A partir das 9h, o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha durante o governo Jair Bolsonaro (PL), será questionado. Este é um momento crucial, considerando a gravidade das acusações e as implicações políticas que se desenrolam a partir delas.

Expectativas para os interrogatórios

Os interrogatórios não têm horário previsto para finalizar, levando a uma expectativa de que possam abranger a maioria dos seis réus que ainda não se manifestaram. Na segunda-feira, os depoimentos de Mauro Cid, que se tornou colaborador, e Alexandre Ramagem foram concluídos, sendo que os interrogatórios são realizados em ordem alfabética. Este fato trás à tona a tensão e o interesse que cercam este caso emblemático.

Quem são os réus?

Os depoimentos estão sendo conduzidos pelo relator da ação penal, o ministro Alexandre de Moraes. Na sala da Primeira Turma do STF, todos os réus estão presentes, exceto o ex-ministro Walter Braga Netto, que se encontra preso preventivamente no Rio de Janeiro e acompanha as audiências por videoconferência. A situação dos réus é complexa, principalmente devido à natureza das acusações que envolvem a tentativa de interrupção da posse do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em 2022.

Acusações contra Almir Garnier

O almirante Garnier é suspeito de ter apoiado um plano que poderia evitar a posse de Lula, uma ação que, se confirmada, poderia ter tido consequências drásticas para a democracia brasileira. A defesa de Garnier, liderada pelo advogado Demóstenes Torres, refuta as alegações, afirmando que ele nunca concordou com esse plano golpista. A expectativa é que o depoimento de hoje traga novos elementos para a investigação, especialmente considerando a gravidade das acusações.

Ambiente dos interrogatórios

Durante essas sessões, o ministro Moraes preside a Primeira Turma, enquanto os réus permanecem em assentos lado a lado, acompanhados por seus advogados. Quando um dos réus é chamado para depor, ele se desloca até uma mesa à frente, proporcionando um ambiente formal e tenso. O espaço é carregado de significados, pois as decisões ali tomadas podem afetar o futuro político do Brasil.

Histórico recente e revelações importantes

Os interrogatórios trazem à tona revelações significativas que relacionam os réus a atos de corrupção e manipulação política. Por exemplo, Mauro Cid, durante seu depoimento, declarou que o ex-presidente Bolsonaro teria alterado pessoalmente um decreto que poderia sustentar um golpe de Estado. Além disso, relatou que Almir Garnier teria disponibilizado tropas para apoiar um plano de ruptura institucional, informações que, se confirmadas, podem ter um impacto devastador sobre o ex-presidente e todo seu círculo político.

Ainda mais grave, Cid revelou ter recebido quantias em dinheiro do general Braga Netto, supostamente entregues em uma caixa de vinho no Palácio da Alvorada. Este tipo de evidência não apenas reforça as acusações contra Garnier, mas também destaca o envolvimento de figuras chave na administração bolsonarista em atividades ilegais.

Consequências e próximos passos

Os desdobramentos dessa investigação ainda são incertos, mas claro é que o STF está comprometido com a busca da verdade. A continuação dos interrogatórios deverá esclarecer detalhes essenciais, e a repercussão das declarações feitas até o momento pode colocar em risco não só as carreiras dos envolvidos, mas também a confiança do público nas instituições brasileiras. A sociedade aguarda ansiosamente por resultados que possam restabelecer a ordem democrática e a justiça no país. A próxima fase pode ser fundamental para elucidar a extensão das alegações e as implicações para todos os réus envolvidos.

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