Na última terça-feira (10), a Prefeitura de Santos, localizada no litoral de São Paulo, divulgou os resultados da segunda Avaliação de Densidade Larvária (ADL) de 2025. O estudo revelou que a cidade continua em estado de alerta devido à presença do mosquito Aedes Aegypti, vetor de doenças como a dengue e a chikungunya. A avaliação, que visa mapear a infestação do mosquito, é crucial para nortear as ações de combate às enfermidades transmitidas por ele.
Resultados das avaliações de Aedes Aegypti
Realizadas em janeiro e maio, as avaliações mostraram um Índice de Breteau (IB) de 3,4 na primeira medição e de 2,6 na segunda. De acordo com o Ministério da Saúde, um índice entre 1 e 3,9 é considerado um sinal de alerta, indicando que a população precisa tomar precauções adicionais.
Os agentes municipais responsáveis pelo combate a endemias percorreram 5.388 imóveis durante a segunda ADL e encontraram recipientes com larvas do mosquito. As amostras coletadas foram enviadas para análise no laboratório do Centro de Controle de Zoonoses e Vetor. A prefeitura afirmou que 139 dessas amostras foram identificadas como sendo do Aedes Aegypti, que já provocou 1.906 casos de dengue e 43 casos de chikungunya no município em 2025.
Onde foram encontradas larvas do mosquito?
Os locais onde as larvas do Aedes Aegypti foram mais frequentemente encontradas durante a avaliação incluem vasos de plantas e ralos, tanto internos quanto externos. Esses ambientes são propícios para a proliferação do mosquito, pois as fêmeas depositam seus ovos em água parada, que é necessária para o desenvolvimento das larvas.
Ações e estratégias de combate
A próxima Avaliação de Densidade Larvária está programada para julho, enquanto a quarta e última desse ano ocorrerá em outubro. Até o momento, não houve novas recomendações do Ministério da Saúde para alterar o cronograma de avaliações. Para combater a proliferação do mosquito, a Prefeitura de Santos tem implementado uma variedade de ações, incluindo:
- Visitas de rotina a imóveis e pontos estratégicos para monitoramento;
- Varredura semanal nos bairros;
- Aplicação de inseticidas nas áreas ao redor das residências de pessoas infectadas, neutralizando os mosquitos adultos;
- Uso de armadilhas que monitoram a infestação de mosquitos;
- Notificações e investigações de todos os casos de doenças relacionadas ao mosquito;
- Atividades educativas voltadas para a população;
- Monitoramento com drones em áreas de difícil acesso.
Como evitar a proliferação do Aedes Aegypti
A vacinação contra a dengue está disponível nas policlínicas de Santos para crianças e jovens entre 10 e 14 anos, sendo necessária a aplicação de duas doses, com um intervalo de três meses. A prefeitura também disponibiliza diversas orientações para a população a fim de evitar a proliferação do mosquito:
- Verificar se há água parada em vasos de plantas, calhas, lajes e caixas d’água;
- Evitar vazamentos em pias e manter os ralos vedados;
- Tapar os ralos do chão com tela;
- Aplicar água sanitária nos ralos duas vezes por semana;
- Conferir se há acúmulo de água em bandejas externas de geladeiras;
- Manter o vaso sanitário e as caixas de descarga cobertos;
- Fazer limpeza regular em fontes ornamentais, bebedouros de animais domésticos e piscinas.
As medidas de combate à proliferação do Aedes Aegypti são essenciais, e a colaboração da população é fundamental para evitar surto de doenças como a dengue e a chikungunya. A conscientização e a ação efetiva podem proteger não apenas os cidadãos de Santos, mas também suas famílias e a comunidade em geral.
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