Brasil, 12 de junho de 2025
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Republicanos defend cortes na saúde com argumentos absurdo e insensíveis

Legisladores do GOP usam justificativas irreais, incluindo que perder acesso ao sistema de saúde é benéfico ou que tudo vai acabar em morte.

Enquanto promovem a aprovação do projeto de lei que prevê o corte de quase US$ 1,3 trilhão em programas de saúde e assistência social, políticos republicanos têm recorrido a argumentos cada vez mais absurdos para justificar suas posições. Entre as justificativas estão desde que a perda de cobertura de saúde é “saudável”, até que as pessoas devem “provar seu merecimento” para terem acesso ao sistema.

Para alguns, perder atenção à saúde é “saúde”

Em sua tentativa de defender o projeto, o senador Joni Ernst da Iowa afirmou que “as pessoas vão morrer”, porém, posteriormente tentou minimizar a declaração com uma “desculpa” sarcástica, dizendo que ela mesma “é compassiva” ao pedir desculpas de um túmulo no cemitério. A fala viralizou nas redes sociais e intensificou as críticas ao pacote de medidas.

Argumentos radicais para justificar cortes na assistência

Outros legisladores alegam que a perda de cobertura de saúde impulsiona o esforço de “melhoria”, defendendo que reduzir o acesso ao Medicaid faz as pessoas “progredirem” na vida. O principal argumento, porém, é que a suposta transição de beneficiários do Medicaid para empregos com cobertura de saúde privada trará benefícios, mesmo que estudos apurem que essas mudanças não aumentam o emprego.

Defesa por meio da desinformação e desdém

Senador Tim Scott criticou as projeções do CBO (Congresso) que estimam a perda de quase 11 milhões de pessoas na assistência médica, alegando que os números não podem ser levados “ao pé da letra”. Além disso, alguns representantes, como Dr. Mehmet Oz, defenderam requisitos de trabalho mais severos para obter o Medicaid, afirmando que quem não trabalha o suficiente deve “provar que importa” para receber ajuda.

De acordo com estudos do CBO e de organizações independentes, tais requisitos de trabalho não aumentam o emprego nem levam as pessoas a melhorar suas condições. Pelo contrário, muitos beneficiários perderão a cobertura mesmo tendo necessidades legítimas ou enfrentando dificuldades, como pessoas com deficiência ou estudantes.

Questões éticas e impacto social

O projeto de lei torna evidente que sua prioridade é cortar gastos públicos favorecendo os mais ricos, enquanto nega assistência essencial aos mais vulneráveis. Especialistas alertam que essas justificativas desprezam a dignidade humana e representam uma afronta aos direitos civis e sociais, especialmente durante uma crise sanitária global.

Enquanto o debate continua, a controvérsia sobre as ações do GOP reforça a necessidade de resistência e de uma narrativa que valorize o acesso universal à saúde como direito fundamental, e não como um privilégio condicionado à meritocracia ou ao trabalho.

Para acompanhar as movimentações e entender os impactos dessas políticas, é fundamental consultar fontes confiáveis como o CBO e órgãos de direitos sociais que monitoram os efeitos dessas decisões na vida das pessoas mais afetadas.

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