Um policial que esteve no Capitólio durante a invasão de 6 de janeiro de 2021 e testemunhou na comissão responsável pela investigação reagiu às protestas recentes em Los Angeles, um movimento que vem sendo comparado ao ataque ao Congresso.
Resposta de Sergeante Gonell às manifestações em Los Angeles
Sergeant Aquilino Gonell, um dos quatro oficiais que depuseram na comissão do Congresso sobre o episódio de 6 de janeiro, destacou a disparidade no tratamento policial durante os eventos. “My fellow officers and I were punched, pushed, kicked, shoved, sprayed with chemical irritants and even blinded with eye-damaging lasers by a violent mob”, afirmou em testemunho, descrevendo o ataque ao Capitólio.
Em uma publicação que está viralizando nas redes sociais, Gonell questionou a postura das autoridades diante dos protestos atuais: “Este é o que a polícia do Capitólio esperava que ele fizesse em 6 de janeiro. E, no entanto, ele não fez.”
A comparação entre os eventos e o debate público
Enquanto diversos internautas discutem as diferenças no uso de força entre os eventos, autores como Don Winslow questionam a ausência de uma ação mais contundente por parte das forças de segurança em Los Angeles, como ocorreu na invasão ao Capitólio. “Por que não enviaram 700 fuzileiros para proteger os policiais sendo brutalmente agredidos?”, indagou Winslow em uma rede social.
As declarações de Gonell reforçam a narrativa de que a resposta policial ao ataque de 6 de janeiro foi marcada por uma abordagem insuficiente e uma disparidade evidente na aplicação da força pública. A reação do policial, agora amplamente compartilhada, busca evidenciar as diferenças no tratamento às manifestações nos Estados Unidos.
Perspectivas futuras para o debate
Especialistas e ativistas esperam que essa discussão possa influenciar na formulação de políticas de segurança mais justas e na reflexão sobre o uso da força em manifestações públicas. “É fundamental entender que a proteção dos cidadãos deve ser uniforme, independentemente de quem esteja nas ruas”, afirmou o professor de sociologia João Andrade.
A repercussão das declarações de Gonell deve continuar alimentando o debate sobre segurança, direitos civis e disparidades na atuação policial em eventos de grande proporção em diferentes partes do país.