Brasil, 13 de junho de 2025
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Policiais agrediram mulheres durante abordagem em Fortaleza

Duas mulheres foram agredidas por policiais durante uma abordagem em Fortaleza, provocando investigações pela CGD.

Na tarde do último domingo (8), um episódio de violência policial chocou moradores do Bairro Jardim das Oliveiras, em Fortaleza. Durante uma abordagem, duas mulheres, de 26 e 37 anos, foram agredidas por policiais militares, desencadeando uma série de reações nas redes sociais e levando a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) a abrir uma investigação sobre o caso.

A abordagem e as agressões

As imagens que circulam nas redes sociais mostram uma abordagem tumultuada, onde os policiais tentam conter uma das mulheres. Ao resistir à abordagem, ela é derrubada e arrastada pelos policiais, enquanto grita por socorro diante da cena que atrai atenção de testemunhas. Uma segunda mulher, ao tentar ajudar a amiga, também se torna vítima das agressões, sendo atingida com spray de pimenta e pisoteada por um policial.

A violência no incidente não passou despercebida. Testemunhas que acompanhavam a cena relataram que a ação policial gerou indignação e revolta na comunidade presente na hora, especialmente pela brutalidade empregada pelos militares. A situação se complicou ainda mais quando os agentes alegaram que estavam sendo atacados com objetos lançados por populares.

Justificativas da Polícia Militar

A Polícia Militar de Fortaleza emitiu uma nota informando que a abordagem fazia parte de um patrulhamento padrão na região. Segundo a corporação, os policiais tentavam abordar um homem de 29 anos que havia arremessado um saco no telhado de uma casa. Durante a ação, a PM alega ter sofrido uma série de agressões por parte de pessoas que estavam no local, o que, segundo os policiais, justificou a reação violenta.

“Os policiais militares foram alvos de arremessos de objetos contundentes, além de terem sido desacatados e ameaçados pelo suspeito de 29 anos que fugiu da abordagem”, informou a Polícia Militar em sua nota. O homem foi posteriormente detido, e junto com as duas mulheres, foi levado ao 13º Distrito Policial. Os procedimentos realizados incluíram acusações de desacato e ameaça por parte do homem, e desacato e dano ao patrimônio público em relação às mulheres.

Histórico de conflitos na área

Esse não é um caso isolado na região. Dois dias antes da agressão, a polícia havia apreendido uma sacola com dezenas de papelotes de cocaína, maconha e crack no mesmo local. Essa atuação mostra que a área tem sido constantemente alvo de ações de combate ao tráfico de drogas, o que pode explicar a tensão e a reação da polícia diante das abordagens.

No entanto, a forma como as autoridades conduzem as operações tem gerado debates sobre o uso excessivo da força e os direitos civis das pessoas abordadas. Grupos de direitos humanos já se manifestaram contra o que consideram abusos por parte da polícia e a necessidade de uma reformulação nas práticas adotadas durante abordagens.

A repercussão nas redes sociais

A agressão gerou uma série de desabafos e discussões nas redes sociais, onde cidadãos expressaram sua indignação e clamaram por justiça e responsabilidade por parte da Polícia Militar. O clamor por accountability e revisões nas práticas policiais foi uma constante, refletindo um chamado maior por reforma e mudanças estruturais na segurança pública brasileira.

Enquanto a CGD investiga o caso, a sociedade civil aguarda respostas e, principalmente, ações que evitem que episódios como este se repitam. A urgência de transformar a abordagem policial em práticas que respeitem os direitos humanos é uma demanda crescente e necessária para a convivência pacífica nas comunidades brasileiras.

O caso serve como um lembrete da importância de um diálogo aberto entre a polícia e a comunidade, reforçando que segurança e respeito mútuo são a base para uma convivência harmônica.

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