Na manhã desta terça-feira (10), o município do Rio de Janeiro enfrentou um cenário de caos em decorrência de uma operação policial, que tinha como objetivo cumprir 44 mandados de prisão contra traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP). A ação resultou no fechamento de principais vias expressas, incluindo a Avenida Brasil e a Linha Vermelha, e gerou um forte impacto no trânsito e na circulação do transporte público.
Desdobramentos da operação policial
O Centro de Operações Rio (COR) classificou a situação em um nível de alerta, acionando o estágio 2 às 6h50, algo que exigiu a atenção dos moradores devido à possibilidade de ocorrências de alto impacto na cidade. Apesar de o estágio ter sido reavido para o nível 1 por volta das 15h10, indicando um alívio na situação, as consequências foram sentidas durante toda a manhã.
A operação no Complexo de Israel foi marcada por intenso tiroteio, que se espalhou pela região e resultou em pelo menos quatro pessoas baleadas. Os disparos tumultuaram a manhã dos cidadãos, que eram forçados a buscar alternativas para se locomover, enquanto a polícia enfrentava os traficantes na tentativa de controlar a situação.
Impacto no transporte público
A operação causou um efeito dominó no transporte público da cidade, afetando cerca de 50 linhas de ônibus, conforme informado pela Rio Ônibus. As linhas, que atendem diversos bairros do Rio, tiveram os itinerários alterados e experimentaram intervalos irregulares. Passageiros enfrentaram longas esperas e incertezas sobre suas rotas. Algumas das principais linhas afetadas incluíram:
- 292 (Engenho da Rainha x Castelo)
- 300 (Sulacap x Candelária)
- 315 (Recreio x Central)
- 361 (Recreio x Castelo)
- 497 (Penha x Largo do Machado)
As linhas intermunicipais também sentiram os efeitos da operação, com falhas em serviços que ligam diferentes municípios ao Rio de Janeiro. Entre elas, destacam-se as linhas 512B, 514B e 474B, que operaram com restrições nas suas rotas habituais.
Trens e BRT
A interrupção não se limitou aos ônibus. O sistema ferroviário da Supervia também foi gravemente afetado, particularmente no ramal Saracuruna, que teve seus serviços interrompidos devido aos tiros que atingiram a rede elétrica. O intervalo entre os trens na linha entre Central do Brasil e Penha chegou a ter 30 minutos, enquanto os passageiros eram obrigados a realizar trocas de composições para seguir viagem.
O BRT, por sua vez, também enfrentou contratempos. A Mobi Rio informou que a circulação no corredor Transbrasil foi interrompida, forçando os passageiros a se abrirem em busca de proteção durante os tiros. Imagens mostram viajantes se abaixando nas estações em meio aos disparos, um retrato preocupante da vulnerabilidade a que estão expostos os cidadãos durante operações policiais.
Conclusão
A operação policial na manhã desta terça-feira gerou um desdobramento trágico para o transporte público no Rio de Janeiro. Com as vias fechadas e a circulação de ônibus, trens e BRT comprometida, muitos cidadãos se viram em situações de risco e dificuldade para se locomover. Enquanto a polícia continua seus esforços para combater o tráfico de drogas, a população paga o preço em termos de segurança e mobilidade. Como ficará a situação nas próximas horas e dias é um questionamento que muitos se fazem, na expectativa de que a normalidade retorne rapidamente à cidade.
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