Brasil, 13 de junho de 2025
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Operação policial fecha Avenida Brasil e Linha Vermelha no Rio

Uma grande operação da Polícia Civil no Rio de Janeiro causa caos no trânsito e resulta em confrontos no Complexo de Israel.

Na manhã desta terça-feira (10/6), uma ampla operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) resultou no fechamento da Avenida Brasil e da Linha Vermelha, impactando severamente o trânsito na zona Norte da cidade. O que se desenrolou foi uma intensa troca de tiros entre policiais e traficantes na região, levando o Centro de Operações e Resiliência (COR) a classificar a cidade no Estágio 2 de uma escala que vai até 5, indicando a possibilidade de impactos na rotina dos cidadãos.

A operação no Complexo de Israel

A ação acontece no Complexo de Israel, que engloba as comunidades de Vigário Geral, Parada de Lucas, Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-Pau. O objetivo é o cumprimento de pelo menos 44 mandados de prisão contra membros do Terceiro Comando Puro (TCP), uma das facções mais ativas da região. Esses mandados foram solicitados após uma investigação de sete meses que permitiu à polícia identificar vários traficantes com novas evidências.

Entre os indivíduos procurados está Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como “Peixão”, um dos criminosos mais caçados da cidade. A operação é um reflexo do trabalho incessante das autoridades em tentar desmantelar organizações criminosas que impõem seu domínio sobre a população local.

Estratégias do TCP

De acordo com as informações fornecidas pela polícia, o TCP utiliza táticas brutais para manter seu controle, incluindo barricadas, uso de drones para monitoramento das ações de segurança, toques de recolher e monopólio sobre serviços públicos. Além disso, evidências apontam para uma prática alarmante de intolerância religiosa por parte da facção.

A operação revelou ainda um grupo que organizava “protestos” com a queima de ônibus, um estratagema para obstruir as atividades policiais. Outro núcleo identificado se especializa no abate de aeronaves policiais, contando com criminosos armados com equipamentos pesados e treinamento especializado, o que demonstra a gravidade da situação enfrentada pelas forças de segurança.

Impactos na capital carioca

Os reflexos dessa operação são visíveis na rotina dos cariocas. O Rio Ônibus informou que mais de 50 linhas de transporte coletivo estão tendo seus itinerários alterados ou prejudicados em função da operação. Além disso, a Mobi Rio anunciou que a calha exclusiva para os BRTs foi temporariamente interrompida nos trechos afetados pela ação policial.

A malha ferroviária da SuperVia também foi impactada, especialmente na região de Parada de Lucas, onde os trens do Ramal Saracuruna operam apenas entre Central do Brasil e a Penha. Técnicos da concessionária já foram acionados, porém, aguardam o término do tiroteio na área para realizar reparos necessários.

Esses eventos revelam não apenas a complexidade da segurança pública na cidade, mas também o desespero de moradores que vivem sob a constante ameaça da violência associada ao tráfico de drogas. As investidas policiais frequentemente resultam em confrontos diretos, deixando a população em alerta e em risco.

Com o avanço da operação, a expectativa é de que autoridades e forças de segurança continuem trabalhando para desmantelar essas organizações criminosas, mas a sociedade civil questiona a eficácia das estratégias utilizadas e anseia por soluções que realmente garantam a segurança e a paz nos bairros afetados.

A situação no Rio de Janeiro continua crítica, com cidadãos clamando por intervenções que podem promover não apenas a segurança, mas também a estabilidade nas comunidades em que vivem. Este evento serve como um lembrete doloroso da luta contínua entre o estado e o crime organizado e da necessidade urgente de estratégias mais eficazes para lidar com a questão da violência urbana.

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