Brasil, 13 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Novos detalhes sobre o programa nuclear secreto do Irã vazam

Novas e preocupantes informações sobre o projeto secreto do Irã para desenvolver poderosos ogivas nucleares para mísseis capazes de atingir alvos a mais de 3.200 km foram divulgadas. As imagens de satélite, que capturam detalhes do complexo clandestino conhecido como “Desert Plan”, são frutos do trabalho de redes de resistência iranianas.

O projeto Desert Plan e sua extensão

O “Desert Plan”, que começou a ser implementado em 2009, substituiu o Amad Plan, que foi exposto e interrompido em 2003. Essa iniciativa abrange uma série de projetos diretos sob ordens do líder supremo, Ali Khamenei, com o objetivo de desenvolver ogivas nucleares avançadas para mísseis com capacidade superior a 3.000 quilômetros, o que inclui a possibilidade de atingir bases dos EUA no Oriente Médio e até países tão distantes como Itália, Ucrânia, Sudão e partes da Rússia.

Informações obtidas pelo Conselho Nacional de Resistência do Íra (NCRI) confirmam a localização de pelo menos sete instalações secretas na província de Semnan, onde se acreditam estar sendo realizados testes de explosão nuclear. Para encobrir suas atividades, o regime iraniano tem até mesmo excluído estradas que levam a essas bases dos mapas oficiais.

Táticas de encobrimento e monitoramento

Os locais estão sob vigilância intensa, com aeronaves de baixo voo e drones equipados com tecnologia de reconhecimento facial patrulhando a área. Estrangeiros que se aventuram nas proximidades dessas instalações são prontamente detidos e interrogados. As estratégias de encobrimento do regime incluem também o uso de tecnologia de vigilância via satélite, para manter qualquer movimentação em segredo.

Implicações globais do programa nuclear do Irã

A resistência iraniana expressou que “fazer qualquer erro pode custar caro ao mundo”, alertando que as armas nucleares do regime representam uma ameaça significativa não apenas para a região, mas para a paz global. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) já havia apontado que o Irã adquiriu um estoque de urânio enriquecido quase no nível de armas, tornando-se o único Estado não nuclear a produzir tal material. Os temores são que o país esteja à beira de iniciar um programa de armas nucleares.

“As armas nucleares são a apólice de seguro de vida do regime”, afirma o Conselho Nacional de Resistência do Irã.

Enquanto isso, a Administração Biden está em negociações com Teerã, buscando um possível acordo nuclear, mas a falta de confiança e a insistência do Irã em continuar seu programa tornam as conversas cada vez mais complicadas. O regime teima em garantir que sua programação nuclear é voltada para fins pacíficos, mas as evidências coletadas têm mostrado o contrário.

O futuro do diálogo nuclear e a resistência iraniana

O NCRI pede a desativação e o desmantelamento de todas as instalações nucleares e de mísseis do regime, além da reinstituição de sanções por meio do mecanismo de “snapback” do acordo nuclear. O regime no Irã enfrenta um momento crítico, marcando um ponto de fragilidade em suas relações tanto internas quanto externas.

À medida que o regime de Khamenei lida com a resistência interna e a pressão internacional em relação ao seu programa nuclear, a situação continua a evoluir, levando a um clima de tensão e incerteza sobre o que pode acontecer nos próximos meses.

A crise nuclear do Irã é uma questão que poderá redefinir as relações do país com o Ocidente, especialmente no que tange a sua política externa e interna, à medida que o mundo observa de perto as movimentações de Teerã.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes