Brasil, 12 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Nova lei de suicídio assistido causa preocupação entre bispos de Nova York

Bispo de Nova York alerta para o impacto devastador da lei que permite médicos prescreverem medicamentos para suicídio assistido.

Os bispos católicos de Nova York estão alertando para uma crise potencial após a aprovação da medida que autoriza o suicídio assistido, considerada um “pesadelo” para a Igreja. A legislação, conhecida como “Medical Aid in Dying Act”, foi aprovada na Assembleia Legislativa estadual e aguarda assinatura da governadora Kathy Hochul.

Legislação de suicídio assistido em Nova York provoca forte reação da Igreja

Na segunda-feira (9), a lei foi aprovada pelo Senado estadual com votos democratas, permitindo que médicos prescrevam medicamentos capazes de causar a morte de pacientes terminais. A medida, limitada a maiores de 18 anos com doenças incuráveis e irreversíveis, tem como objetivo ampliar o acesso ao suicídio assistido no estado.

Contudo, a Conferência Católica do Estado de Nova York denunciou a legislação como um “pesadelo de suicídio assistido”, semelhante ao regime do Canadá, que tem expandido sua prática inclusive para pessoas incapazes de dar consentimento no momento. Segundo dados, o Canadá registra que aproximadamente 1 em cada 20 óbitos ocorre por eutanásia.

Críticas da Igreja e preocupações com vulneráveis

Dennis Poust, diretor executivo da conferência católica estadual, afirmou que a aprovação representa “um dia sombrio para Nova York”. Ele alertou que a lei poderia prejudicar comunidades vulneráveis, incluindo minorias raciais, pessoas com deficiência e pacientes em situação de desespero.

“A legislação não exige avaliação psicológica para depressão ou outras doenças mentais, tampouco um período de espera para quem está em desespero após o diagnóstico terminal”, explicou Poust. A Igreja insiste na necessidade de ampliar cuidados paliativos, assistência psiquiátrica e suporte familiar, ao invés de facilitar o suicídio induzido.

Reação da liderança e futuro da legislação

O arcebispo de Nova York, Cardeal Timothy Dolan, classificou a proposta como “uma desastre esperando para acontecer” e criticou a lei por transformar conceitos tradicionais da medicina. Em declarações veiculadas anteriormente, Dolan explicou que a legislação “inverte tudo o que a sociedade conhece e acredita acerca do cuidado médico”.

O apoio à medida por parte do governo estadual veio após outras regiões, como Delaware, legalizaram o suicídio assistido recentemente. Em Delaware, o governador assinou um projeto de lei no mês passado, permitindo a prática para pacientes com expectativa de vida de até seis meses.

Por outro lado, em Illinois, um projeto semelhante foi adiado, sem votação final, no esforço de grupos católicos e defensores da vida que manifestaram forte oposição. A legislação permanece em discussão em diversos estados dos Estados Unidos, com opiniões polarizadas.

Controvérsia e próximos passos

Especialistas alertam que, se aprovada, a lei pode resultar em violações legais e afetar negativamente sua implementação, assim como ocorreu em outros países com regimes de eutanásia e suicídio assistido. A Igreja e grupos de defesa da vida continuam a pressionar por maior proteção e alternative de cuidados, como programas de suporte emocional e paliativo.

O representante do governo ainda não anunciou uma data para a assinatura oficial, mas a expectativa é que a disputa sobre o tema continue a alimentar debates na sociedade americana.

Para acompanhar a evolução da legislação e suas implicações, visite o fonte original.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes