Brasil, 12 de junho de 2025
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MP investiga morte de jovem em ação do Bope no Rio de Janeiro

Reuniões com PM e familiares fazem parte das investigações sobre a morte de Herus Guimarães, 24 anos, em operação policial.

No dia 10 de outubro, o Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro promoveu duas reuniões para tratar do caso de Herus Guimarães, um jovem de 24 anos que foi morto por tiros durante uma operação do Bope no Morro do Santo Amaro, localizado no Catete, na Zona Sul do Rio. Esse caso, que mobilizou a atenção da sociedade, está sendo investigado detalhadamente pelo MP, que abriu um inquérito próprio para apurar todas as circunstâncias da tragédia.

Reuniões do MP com a Polícia Militar e família da vítima

Uma das reuniões do MP foi realizada com o comando da Polícia Militar, enquanto a outra envolveu a família de Herus. Durante as conversas, a PM entregou um pen-drive contendo documentos e o relatório da operação, mas não se sabe se também foram fornecidas as imagens das câmeras acopladas aos uniformes dos policiais envolvidos.

Estiveram presentes no encontro o procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, o secretário da Polícia Militar do Estado, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, e outros membros das instituições. O conteúdo discutido na reunião entre a família de Herus e o MP não foi divulgado.

Reconhecimento de falhas na operação

Na segunda-feira (9), o coronel Marcelo de Menezes reconheceu que os policiais que participaram da operação não seguiram os protocolos estabelecidos pela corporação. Em suas declarações, mencionou: “Os responsáveis pela operação não observaram os protocolos e procedimentos operacionais da corporação. Por conta disso, nós decidimos afastar os oficiais e todos os policiais envolvidos das ruas para que haja lisura nas investigações”.

A versão da PM é de que a ação do Bope foi uma emergência para investigar informações sobre a presença de criminosos armado na comunidade, preparando-se para possíveis confrontos territoriais.

Perícia e investigação

Após a morte de Herus, médicos do Hospital Glória D’Or realizaram a retirada de um projétil de fuzil de seu corpo. Esse projétil, segundo apuração da TV Globo, será utilizado para um confronto balístico com as armas dos policiais envolvidos na operação. A Polícia Civil está averiguando de onde partiu o tiro que atingiu o jovem.

Adicionalmente, cinco pessoas foram feridas durante o tiroteio e foram transferidas para o Hospital Souza Aguiar. A Polícia Civil já começou a ouvir os 12 policiais do Bope que participaram da ação, todos afastados das ruas desde o domingo (8).

Medidas administrativas e repercussão

Em resposta à situação, o governador Cláudio Castro exonerou os coronéis Aristheu de Góes Lopes, comandante do Bope, e André Luiz de Souza Batista, do Comando de Operações Especiais (COE). Enquanto isso, a Corregedoria Geral da PM declarou que está colaborando integralmente com as investigações, afirmando seu compromisso com a transparência e a elucidação dos fatos.

O MP do Rio de Janeiro, que foi previamente notificado sobre a operação, enviou peritos ao Instituto Médico-Legal (IML) para realizar uma perícia independente no corpo de Herus Guimarães. No entanto, até o momento, não foram disponibilizados detalhes sobre essa perícia.

Enterro e memória de Herus

O corpo de Herus foi enterrado no domingo (8) no Cemitério São João Batista, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A morte trágica do jovem levanta questões significativas sobre a condução de operações policiais e o respeito aos direitos humanos nas intervenções em comunidades de alta vulnerabilidade.

O caso de Herus Guimarães evidencia a complexidade do relacionamento entre a Polícia Militar e as comunidades, além da necessidade de uma investigação minuciosa que esclareça os fatos e busque justiça. A sociedade aguarda respostas que possam trazer algum alívio e, principalmente, a esperança de que tragédias como esta não voltem a ocorrer.

Para mais informações, acesse o link da fonte.

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