A Meta está se organizando para criar um novo laboratório de pesquisa em inteligência artificial (IA), com o objetivo de desenvolver a chamada “superinteligência”, um sistema hipotético que ultrapassaria as capacidades do cérebro humano. As informações foram confirmadas por fontes próximas aos planos da gigante da tecnologia.
Meta recruta líderes em IA para o novo laboratório de superinteligência
Entre os nomes confirmados, está Alexandr Wang, de 28 anos, fundador e CEO da startup de IA Scale AI. A empresa está em negociação para receber investimentos bilionários da Meta, além de envolver outros talentos da Scale AI no projeto. A Meta ofereceu pacotes de remuneração entre sete e nove dígitos a pesquisadores de empresas líderes, como OpenAI e Google, muitos dos quais já aceitaram as propostas.
Reestruturação e esforços da Meta na inteligência artificial
O novo laboratório faz parte de uma reestruturação nos esforços de IA da Meta, que, embora tenha enfrentado dificuldades internas recentes, busca consolidar sua posição na corrida pelo desenvolvimento de sistemas avançados. A empresa, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, tem investido bilhões na área, sob a liderança de Mark Zuckerberg, que já declarou que a IA será uma das maiores inovações da história.
Metas ambiciosas e concorrência global
Desde 2013, quando criou seu primeiro laboratório dedicado à IA, a Meta vem apostando na tecnologia. Com o sucesso do ChatGPT, da OpenAI, a competição entre as majors do setor se intensificou. Empresas como Google, Amazon e Microsoft aprofundaram seus investimentos, adquirindo start-ups e contratando talentos de destaque na área.
O que é a superinteligência?
A superinteligência é considerada uma meta futurista de pesquisa em IA, cujo objetivo seria criar sistemas que superariam em muito a inteligência humana, superando a inteligência artificial geral (AGI). Segundo especialistas, esse progresso ainda depende de uma compreensão tecnológica que, atualmente, ainda não está clara.
A Meta, que investe em IA há mais de uma década, busca avançar nessa direção. Desde 2013, a liderança de Yann LeCun, um dos pioneiros das redes neurais, tem supervisionado as pesquisas. Recentemente, a companhia intensificou seus esforços, incluindo a criação do modelo de IA de código aberto Llama e o chatbot Meta AI, utilizados por bilhões de usuários mensalmente.
Desafios internos e estratégias de expansão
Apesar dos avanços, a Meta vem enfrentando desafios, como a saída de funcionários devido à alta competitividade do mercado de trabalho e conflitos internos. Em abril, Zuckerberg anunciou melhorias nos modelos de IA Llama, rivalizando com os sistemas de concorrentes, embora tenham ocorrido questionamentos sobre a autenticidade dos testes.
Investindo na estratégia do código aberto, a Meta busca ampliar sua influência na comunidade global de desenvolvedores. No entanto, a competição acirrada leva a tensões, também evidenciadas pelas recentes disputas regulatórias nos Estados Unidos, onde a empresa enfrenta processos relacionados às aquisições do Instagram e WhatsApp.
Perspectivas para o futuro da IA na Meta
A contratação de Alexandre Wang e a criação do laboratório dedicado à superinteligência indicam uma estratégia de consolidar a liderança na corrida tecnológica. Segundo fontes, a Meta espera que esse movimento possa recuperar o ritmo de inovação e posicionar-se na vanguarda da IA avançada, apesar dos obstáculos regulatórios e internos.
Mais detalhes sobre o projeto podem ser encontrados na matéria do Globo.