A inflação de maio desacelerou para 0,26%, conforme divulgado pelo IBGE nesta terça-feira, indicando uma tendência de melhora nos preços de produtos e serviços no país. O número veio abaixo da previsão de economistas, que estimavam uma alta de 0,32%, e reforça a possibilidade de o Banco Central interromper o ciclo de elevações na taxa Selic na próxima reunião.
Principais fatores que contribuíram para a desaceleração da inflação em maio
Além da redução no ritmo do aumento dos preços dos alimentos, que passaram de 0,82% em abril para 0,17% em maio, outros grupos também puxaram o resultado para baixo. Transportes, por exemplo, apresentaram queda nos preços das passagens aéreas (-11,31%) e dos combustíveis (-0,72%).
Apesar da desaceleração geral, houve alta no preço da energia elétrica residencial, que subiu 3,62% em maio, devido à mudança na bandeira tarifária para a amarela, que elevou os custos aos consumidores.
Inflação em 12 meses mantém-se acima da meta
Para o acumulado dos últimos 12 meses, a inflação ficou em 5,32%, uma leve desaceleração em relação a 5,53% do mês anterior. Embora tenha reduzido a trajetória de alta, o valor continua acima do teto da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Análise de especialistas aponta sinais de melhora nos preços
Economistas avaliam que a inflação começa a apresentar sinais de desaceleração contínua. A expectativa é de que o resultado de maio reforce a hipótese de que o Comitê de Política Monetária (Copom) possa interromper o ciclo de altas na taxa Selic já na próxima reunião, marcada para junho. Desde o início do ano, o mercado projeta menos espaço para aumentos nos juros, alinhando-se ao cenário de melhora dos indicadores inflacionários.
Queda nos preços de alimentos e principais vilões
Após meses de altas de tomate e ovo, esses alimentos finalmente apresentaram quedas de 13,52% e 3,98%, respectivamente. O arroz também teve uma redução significativa, de 4,00%. Por outro lado, itens como batata-inglesa (10,34%), cebola (10,28%), café moído (4,59%) e carnes (0,97%) tiveram elevações de preços, impactando a composição da cesta de consumo.
Impactos e perspectivas futuras
Segundo analistas, a desaceleração da inflação sinaliza uma recuperação mais consistente das pressões inflacionárias e reforça a possibilidade de o Banco Central manter a taxa básica de juros inalterada na próxima reunião do Copom. Essa postura deve ajudar a consolidar a estabilidade de preços, ao mesmo tempo em que apoia o crescimento econômico no país.
A expectativa é que o governo e o Banco Central sigam monitorando o cenário com cautela, diante do contexto externo e dos preços de commodities, essenciais para o impacto na inflação futura. Para mais detalhes, confira a matéria completa no site do Globo.