Brasil, 2 de julho de 2025
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Haddad adia novas medidas de contenção de despesas após avaliação na comissão de líderes

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anuncia que medidas de contenção só serão apresentadas após avaliação de bancada parlamentar

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (6) que novas medidas de contenção de despesas só serão divulgadas após uma avaliação de viabilidade realizada por uma comissão de líderes partidários. A parceria foi confirmada em reunião com os parlamentares no domingo, e a expectativa é que o grupo analise propostas de ajuste fiscal e cortes de gastos públicos.

Criação de comissão de líderes para definir medidas de economia

Segundo Haddad, a comissão de líderes partidários foi oficialmente criada para discutir as possibilidades de contenção de gastos primários e ajustes na política fiscal. “No caso do gasto primário, o Congresso irá marcar uma reunião com a equipe econômica para que esse debate aconteça de forma mais detalhada”, explicou o ministro após encontro com o presidente Lula em Brasília.

Discussão de propostas e negociações no Congresso

Haddad destacou que o governo e os parlamentares irão avaliar o que já foi proposto, o que tem viabilidade política e qual a possibilidade de reincorporação de propostas rejeitadas pelo Congresso anteriormente. “Vamos aguardar a próxima reunião para avaliar as possibilidades de volta às negociações”, completou o ministro.

Pacote alternativo ao aumento de IOF avança com foco em aumento de receitas

Entretanto, as discussões atuais concentram-se principalmente em medidas para elevar receitas do governo. O pacote alternativo ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), por enquanto, contempla propostas como a retomada de medidas não aprovadas e novas sugestões dos parlamentares, segundo fontes próximas às negociações.

Taxação de investimentos e mudanças na tributação

O governo planeja propor a taxação de investimentos em criptoativos em 17,5%, além de uma alíquota única para aplicações financeiras, incluindo fundos de investimento, que atualmente variam de 15% a 22,5%. Também está em análise o aumento do Imposto de Renda sobre juros de capital próprio (JCP), que pode subir de 15% para 20%, conforme sugestões do Congresso.

Rejeição de medidas de ajuste nos gastos sociais e benefícios

Na reunião com a base aliada, a equipe econômica manifestou preocupação com o crescimento de gastos em áreas como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o Fundeb, emendas parlamentares e transferências para estados e municípios. Contudo, não obteve aval dos líderes presentes para avançar com cortes nesses itens, conforme interlocutores participantes do encontro.

Inventário de propostas e viabilidade política

Haddad afirmou que será realizado um inventário com as propostas já apresentadas, levando em consideração a sua viabilidade política. “Queremos consolidar tudo o que já passou pelo Congresso, suas avaliações, rejeições e possibilidades de reanálise”, disse. O ministro ainda mencionou a intenção de oferecer suporte técnico para mitigar riscos de inviabilidade.

Pronunciamentos políticos e perspectivas futuras

Quanto às críticas do presidente da Câmara, Hugo Motta, de que o Congresso não tem compromisso de aprovar as novas propostas, Haddad considerou a declaração como uma medida de prudência, alegando que a decisão depende da avaliação das bancadas. “Como ele pode tomar uma decisão sem ouvir os parlamentares?”, questionou.

Além das medidas fiscais, o governo também prepara um projeto de lei para reduzir em 10% os benefícios tributários infraconstitucionais para países e entidades sem fins lucrativos, excluindo a Zona Franca de Manaus e o regime do Simples Nacional.

Para mais detalhes, acesse a fonte completa.

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