Brasil, 12 de junho de 2025
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Grupo de trabalho na Câmara deve incluir meta de redução da despesa pública

Relator da reforma administrativa na Câmara aponta que proposta deve estabelecer metas para diminuir gastos do setor público

O relator do grupo de trabalho da Reforma Administrativa na Câmara dos Deputados, deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), afirmou nesta terça-feira que o texto a ser proposto deve conter uma meta de redução da despesa pública primária. A iniciativa faz parte do esforço para racionalizar custos e melhorar a alocação de recursos no setor público.

Reforma administrativa sem foco exclusivo em economia

Durante a primeira audiência pública do colegiado, Pedro Paulo destacou que o principal objetivo da reforma não é apenas economizar gastos. No entanto, reconheceu que o texto deve incluir uma meta de diminuição das despesas públicas, com ênfase em racionalizar custos e potencialmente reduzir o gasto médio no médio prazo. “Vamos colocar uma meta para reduzir a despesa pública primária, por exemplo”, afirmou o deputado.

Atuação do presidente da Câmara na comissão

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), oficializou, no final de maio, a criação de um grupo de trabalho para avançar nas discussões sobre a reforma administrativa, que está parada há anos no Congresso. Segundo o coordenador do grupo, a proposta não deve alterar direitos de servidores nem salários, focando na eliminação de privilégios, como os chamados supersalários.

Possíveis medidas de ajuste fiscal no texto

Pedro Paulo revelou que o grupo pode incluir também medidas de ajuste fiscal, como desvinculações dos benefícios previdenciários ao salário mínimo e redução dos pisos constitucionais para saúde e educação, vinculados às receitas. Essas ações têm como objetivo equilibrar as contas públicas, especialmente caso o governo não apresente reformas estruturais no prazo previsto. “Caso o governo não envie propostas, vamos tratar de medidas de ajuste”, afirmou o deputado.

Rejeição a cortes em setores essenciais

Por outro lado, o Ministério da Gestão e da Inovação em Gestão, liderado pela ministra Esther Dweck, declarou posição contrária à inclusão de medidas de corte de gastos em áreas essenciais como saúde e educação na reforma administrativa. Ela reforçou que a discussão de custos deve focar na eficiência, sem prejudicar direitos fundamentais. “Cortar recursos de saúde e educação não ajuda a aumentar a eficiência, pelo contrário, pode gerar problemas”, afirmou Dweck em entrevista ao jornal O Globo.

Perspectivas e próximos passos

O relator declarou que, apesar de não tratar o tema de redução de despesa pública nas audiências, a questão será discutida futuramente com o presidente da Câmara. A expectativa é que o documento final contemple ações voltadas ao ajuste fiscal e à racionalização dos gastos, sem prejudicar direitos adquiridos. A comissão deve apresentar o relatório em até três meses, aguardando ainda a definição das propostas do governo.

Para mais informações, acesse o site do Globo.

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