Brasil, 19 de junho de 2025
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Grande operação policial no Complexo de Israel mira traficantes

A Polícia Civil inicia operação para prender 44 traficantes do Terceiro Comando Puro, afetando o trânsito na Zona Norte do Rio.

Na manhã desta terça-feira (10), a Polícia Civil do Rio de Janeiro deu início a uma operação de grande escala no Complexo de Israel, voltada para desmantelar uma rede de tráfico de drogas que atua na região. A ação, que é considerada uma das mais significativas dos últimos tempos, é resultado de sete meses de investigações minuciosas, culminando na identificação de 44 traficantes que não tinham mandados de prisão, o que permitiu à polícia solicitar ordens judiciais com base em novas provas.

Impacto na mobilidade urbana

Como parte das medidas de segurança, a Avenida Brasil e a Linha Vermelha foram fechadas por volta das 6h30, criando um congestionamento significativo na Zona Norte do Rio. O Centro de Operações e Resiliência (COR) colocou a cidade no Estágio 2 de uma escala de cinco, sinalizando a população sobre a possibilidade de impactos na rotina diária.

Alvos da operação

Segundo o secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, a operação tem como alvo traficantes que operam em comunidades como Vigário Geral, Parada de Lucas e Cidade Alta, além das secundárias Pica-Pau e Cinco Bocas. Curi destacou que muitos desses criminosos passavam despercebidos na sociedade, sem histórico criminal que pudesse levantar suspeitas a respeito de suas atividades ilícitas.

“Estamos para cumprir dezenas de mandados contra narcotraficantes que atuam nessas comunidades. Vários deles, que passavam despercebidos da sociedade e da atuação da polícia, foram identificados por essa investigação”, afirmou o secretário.

O papel do Terceiro Comando Puro

Um dos principais chefes visados na operação é Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, um dos líderes do Terceiro Comando Puro (TCP). Este grupo criminoso é conhecido por impor seu domínio nas comunidades através de uma série de táticas violentas, incluindo o uso de barricadas e drones para monitorar as ações das forças de segurança, além de implementar toques de recolher e monopólio de serviços públicos.

Estratégias de defesa dos criminosos

A polícia também desvendou um núcleo que organizava “protestos” com queima de ônibus para obstruir o trabalho policial, bem como um grupo especializado no abate de aeronaves policiais, composto por criminosos equipados com armamento pesado e treinamento específico. Essas táticas evidenciam a complexidade do cenário da segurança pública na região, onde o TCP exerce forte influência.

Uma operação criteriosa

De acordo com a polícia, a operação desta terça-feira não se limita apenas à captura de traficantes com antecedentes criminais. Ela tem como prioridade tirar do anonimato aqueles que se disfarçam de trabalhadores, estudantes e jovens. “Essas pessoas, caso fossem alvejadas, poderiam alegar que não eram bandidos. É um trabalho importante que identifica e tira essas pessoas do anonimato”, salientou Curi.

A operação, que pode ainda resultar na não localização de alguns dos alvos, já classifica os criminosos não encontrados como foragidos da justiça. “Embora muitos deles não sejam localizados e presos, essas pessoas já são consideradas foragidas”, finalizou o delegado.

Desdobramentos esperados

Com o andar da operação ainda em andamento, a expectativa é de que novas prisões sejam realizadas ao longo do dia, com a Polícia Civil comprometida em continuar suas investigações para desmantelar a rede do tráfico no Complexo de Israel. A população acompanha atentamente os desdobramentos enquanto as autoridades trabalham para restabelecer a segurança e a ordem na região.

A operação evidencia a dificuldade em combater o tráfico de drogas nas comunidades cariocas, onde grupos criminosos se infiltram e utilizam práticas complexas para manter seu controle. Os desafios são grandes, mas a resposta da polícia é clara: o combate ao crime organizado deve ser intenso e contínuo.

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