Funcionários terceirizados que atuam em creches e escolas municipais de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, entraram em seu segundo dia de paralisação nesta terça-feira (10) devido à falta de pagamento de salários. A medida tem impactado diretamente a rotina escolar, especialmente nas unidades que dependem destes profissionais para o atendimento aos alunos.
Problemas de pagamento da Prefeitura
Na segunda-feira (9), a Prefeitura de São José do Rio Preto iniciou o processo de pagamento dos salários atrasados, mas enfrentou dificuldades técnicas que impediram a conclusão de todas as transferências. A Secretaria Municipal de Educação informou que está enviando equipes próprias para suprir as ausências dos funcionários terceirizados, mas a situação ainda é preocupante, especialmente para as turmas de crianças de até três anos, que não terão aulas nesta terça-feira, conforme comunicado da Escola Municipal Graciliano Ramos.
Os pais dos alunos demonstraram preocupação com a situação, e a administração municipal tentou assegurar que o atendimento básico às crianças continuaria, mesmo que reduzido. Em entrevista à TV TEM, alguns pais expressaram seu desconforto com a incerteza e a falta de comunicação clara sobre a situação das aulas e o pagamento de funcionários. Muitos afirmam que somente retornarão ao trabalho quando a situação for normalizada, o que indica a gravidade da situação.
Atrasos salariais e problemas burocráticos
A motivos da paralisação vão além do atraso nos pagamentos. Os auxiliares que atuam na portaria, apoio escolar e administrativo em várias unidades de saúde afirmam que enfrentam essa situação desde o início da semana passada, sem uma previsão clara de quando a normalidade financeira será restabelecida.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, a empresa responsável pela contratação dos funcionários terceirizados falhou em apresentar a Certidão Negativa de Débitos atualizada, um documento essencial exigido por lei para que a instituição possa receber repasses governamentais. Este é um dos motivos que dificultou o repasse dos pagamentos devidos, gerando ainda mais tensão e incertezas sobre o futuro dos profissionais envolvidos.
Impacto nas crianças e nas famílias
A situação de paralisação não apenas afeta os trabalhadores, mas também os alunos e suas famílias. Mães relatam que a ausência das aulas para crianças pequenas pode atrapalhar não apenas a educação, mas também a rotina diária das famílias que dependem dessa assistência. A falta de cuidado e de supervisão adequada ciumenta a preocupação com o bem-estar das crianças e a continuidade de seus aprendizado e socialização.
As equipes que foram enviadas pela Secretaria estão tentando minimizar os impactos, mas é evidente que a situação merece atenção das autoridades para que resolvam as pendências rapidamente. Pais questionam a gestão municipal e pedem uma solução eficaz para que os funcionários recebam seus salários e que as aulas possam acontecer de forma_regular para a segurança e o desenvolvimento de suas crianças.
A mobilização dos trabalhadores
A mobilização dos trabalhadores terceirizados tem sido evidente, e muitos deles se reuniram para discutir não apenas a situação atual, mas também a garantia de seus direitos. A paralisação, embora traga desconfortos imediatos, reflete um desejo de melhores condições de trabalho e um tratamento adequado por parte das instituições contratantes. Essa luta por condições dignas e atendimentos apropriados, além de refletir a necessidade urgente de respeito ao que foi acordado em contrato, levanta problemas maiores sobre a terceirização no setor público e seu impacto em áreas críticas como a educação infantil.
Por fim, é essencial que as partes envolvidas conversem e busquem soluções para normalizar a situação, garantindo que crianças, profissionais e pais voltem ao seu cotidiano habitual o mais breve possível. Além disso, um acompanhamento mais efetivo e uma gestão transparente por parte das autoridades são fundamentais para evitar que cenários como este se repitam e para buscar um futuro mais promissor para a educação na cidade.