Brasil, 12 de junho de 2025
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Fraude no INSS: ministro revela ranking das entidades culpadas

Wolney Queiroz expõe lista de associações que lesaram aposentados.

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fez uma revelação impactante em audiência na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (10/6). Ele apresentou uma lista com as três entidades que mais das mais fraudulentas relacionadas aos descontos indevidos em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Este escândalo, que recentemente veio à tona, gerou grande preocupação entre os aposentados e pensionistas, além de intensificar as investigações sobre as associações envolvidas.

A lista das associações fraudulentas

Na audiência, Wolney Queiroz anunciou que, após receber 3 milhões de respostas de aposentados, foi possível compilar um ranking das associações fraudulentas. O ministro destacou as seguintes entidades como as principais responsáveis pelos descontos não autorizados:

  1. Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec).
  2. Confederação Nacional dos Agricultores Familiares (Conafer).
  3. Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB).

“As três maiores fraudadoras, segundo os números apurados até agora à tarde, são justamente as três associações que tiveram os ACT’s autorizados no governo passado”, lamentou Wolney, referindo-se ao período entre 2019 e 2022. “O ladrão entrou na casa durante esse tempo,” enfatizou.

Impactos da fraude aos aposentados

A situação é alarmante, já que as fraudes resultaram em descontos indevidos que afetaram milhares de aposentados em todo o país. A grande preocupação de Queiroz é que a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar essas fraudes possa atrasar o ressarcimento aos lesados. Durante a sessão, o ministro expressou receio de que a CPI interfira negativamente nos processos de reembolso, que são urgentes para as vítimas.

Histórico da investigação contra as entidades

A investigação sobre as fraudes no INSS teve início em meados de dezembro de 2023, quando o portal Metrópoles iniciou uma série de reportagens revelando o rombo nas finanças dos aposentados. Em um período de três meses, ficou evidente que as entidades envolvidas estavam arrecadando cerca de R$ 2 bilhões com descontos em mensalidades, enquanto enfrentavam diversas ações judiciais por fraudes em suas associações.

A cobertura midiática do Metrópoles foi um fator crucial para que a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) aprofundassem as investigações. A representatividade e o impacto das reportagens foram notáveis, resultando na abertura do inquérito e na deflagração da Operação Sem Desconto em abril. Esta operação levou à demissão do presidente do INSS e do ministro Carlos Lupi, um reflexo da gravidade da situação.

Próximos passos e a importância de um posicionamento firme

À medida que a investigação se desenrola, a expectativa é de que mais informações sobre os mecanismos utilizados pelas entidades fraudulentas sejam reveladas. O governo federal, por meio do Ministério da Previdência, está comprometido em assegurar a devolução dos valores descontados indevidamente aos aposentados. É crucial que a transparência e a responsabilidade estejam no centro das ações futuras, garantindo que episódios como esse não se repitam.

O escândalo do INSS destaca a vulnerabilidade dos aposentados e a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa sobre as associações que atuam na área. Enquanto o cenário evolui, cabe à sociedade e aos órgãos competentes pressionarem por soluções que coloquem a proteção dos direitos dos idosos em primeiro lugar.

AO acompanhar de perto a situação, é fundamental que os aposentados permaneçam informados sobre seus direitos e sobre os canais disponíveis para denúncia de qualquer atividade suspeita relacionada a descontos em suas aposentadorias. O fortalecimento das medidas preventivas e punitivas será essencial para restaurar a confiança dos cidadãos no sistema previdenciário.

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Por fim, é urgente que toda a sociedade se una em defesa dos direitos dos aposentados, tornando-se uma voz ativa contra fraudes e abusos, a fim de construir um sistema previdenciário mais seguro e justo. O futuro dos aposentados no Brasil deve ser um tema prioritário na agenda pública.

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