No cenário político brasileiro, Sebastião Coelho, desembargador aposentado, tornou-se uma figura central após sua cerimônia de filiação ao partido Novo, em Brasília. Durante o evento, Coelho expressou sua intenção de atuar pelo impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, caso seja eleito senador em 2026.
Compromisso com a reforma da Justiça
Coelho, que já protagonizou episódios controversos, como sua detenção durante o julgamento que envolveu Jair Bolsonaro e seus aliados, criticou a atual atuação do STF. Em sua fala, afirmou que, se receber a bênção de Deus para ser eleito, seu empenho será para retirar Moraes do cargo, qualificando-o como “um juiz indigno” e destacando que a magistratura no Brasil está “acanhada e envergonhada” por conta das atitudes de ministros do Supremo.
Críticas e promessas
Além de seu compromisso com o impeachment, Coelho fez uma crítica contundente à presidência do STF, convocando demais candidatos ao Senado a se comprometerem com a mesma causa. “Quem for candidato ao Senado em 2026 precisa assumir o compromisso de assinar impeachment de ministro do STF”, disse Coelho, indicando que um movimento por reformulação na Justiça é necessário.
O desembargador, que passou mais de 30 anos servindo ao sistema judiciário brasileiro, enfatizou que seu objetivo está centrado em uma reformulação da Justiça, posicionando o STF como um controlador inadequado deste sistema. Sua entrada na política, portanto, é marcada não apenas por promessas de ações drasticamente polarizadoras, mas também por um discurso de renovação e de luta contra o que considera um estado de corrupção moral dentro da magistratura.
Um novo capítulo na política brasileira
Com o imenso desafio de se destacar em um cenário político complexo, Sebastião Coelho se reuniu após o ato de filiação com a bancada do Novo para um jantar de boas-vindas, onde teve a oportunidade de reforçar suas ideias e traçar estratégias para sua futura campanha. A possibilidade de um desembargador aposentado no Senado, defendendo um plano tão agressivo quanto o impeachment de um ministro do STF, provoca tanto apoio como críticas. Enquanto alguns veem sua postura como necessária para o reestabelecimento da confiança na Justiça, outros consideram sua abordagem uma ameaça à autonomia do Judiciário.
À medida que o cenário eleitoral do Brasil se aproxima, as palavras de Coelho prometem reverberar e consolidar sua imagem como uma figura polêmica e decidida. O comprometimento com seu discurso e sua capacidade de articulação política serão cruciais para que ele possa avançar na corrida ao Senado e ampliar sua base de apoio entre os eleitores insatisfeitos com o atual sistema judicial.
Enquanto a candidatura de Coelho cresce em visibilidade, muitos se perguntam se suas promessas de reforma e impeachment realmente ressoarão com o eleitorado. A entrada de figuras do Judiciário na política, especialmente com propostas tão polêmicas, sempre suscita debates acalorados sobre a separação de poderes e os limites das ações políticas.
Assim, o futuro político de Sebastião Coelho ainda é incerto, mas sua determinação em questionar a legitimidade do STF e promover mudanças na Justiça certamente o mantêm como um nome a ser observado nas próximas eleições de 2026.