Brasil, 12 de junho de 2025
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Defesa de Braga Netto pede revogação da prisão preventiva

General Walter Braga Netto solicita ao STF o fim da prisão, alegando colaboração com investigações sobre tentativa de golpe de estado.

A defesa do general Walter Braga Netto protocolou, nesta terça-feira, um pedido de revogação da prisão preventiva do militar. O ex-ministro da Casa Civil durante o governo de Jair Bolsonaro está detido desde dezembro do ano passado e, de acordo com sua defesa, tem cooperado com o processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de estado. Além disso, a defesa argumenta que foi concluída a fase de instrução processual, o que, segundo eles, eliminaria a necessidade da prisão preventiva.

Pedido de revogação da prisão preventiva

No pedido apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa de Braga Netto afirma: “Diante de todo o exposto, ratificando os pedidos já submetidos ao Supremo Tribunal Federal e especialmente diante da atual situação fático-processual de encerramento da instrução desta ação penal, requer-se a revogação da prisão preventiva imposta ao General Braga Netto, ainda que com a imposição de medidas cautelares alternativas”.

Depoimento e alegações do general

Durante seu depoimento ao STF, Braga Netto defendeu-se de acusações relacionadas ao tenente-coronel Mauro Cid, que, segundo ele, mentiu ao afirmar que o financiamento para o plano golpista teria sido discutido em uma reunião com empresários no seu apartamento. “O tenente-coronel Cid faltou com a verdade. Foi uma visita de cortesia”, afirmou Braga Netto.

O ex-ministro também negou ter repassado dinheiro através de uma caixa de vinho a Cid, supostamente para financiar uma ofensiva antidemocrática. Em declaração sobre o assunto, Braga Netto disse: “Isso não corresponde à realidade. Eu não tinha contato com empresários, então não pedi dinheiro e não entreguei dinheiro para ninguém. Os empresários estavam mais interessados no Bolsonaro do que em mim.” Além disso, o general negou ter conhecimento ou envolvimento em um plano que visasse assassinar autoridades.

Contexto da investigação

O interrogatório de Braga Netto faz parte de uma ação penal que investiga se Jair Bolsonaro e outros sete réus, conhecidos como o “núcleo crucial” do esquema, teriam planejado um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de 2022. Os acusados enfrentam diversos crimes, incluindo abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

As revelações feitas no depoimento de Braga Netto refletem a complexidade e a gravidade das acusações, além de demonstrar um cenário de tensão política que ainda permeia o Brasil. À medida que a investigação avança, abre-se um espaço para discussões mais profundas sobre a legalidade, moralidade e os impactos institucionais das ações de figuras proeminentes do governo anterior.

Implicações futuras

A solicitação de revogação da prisão preventiva pelo general Braga Netto pode ter repercussões significativas, não apenas em sua situação jurídica, mas também no entendimento público sobre a condução das investigações em torno do golpe de Estado. O desfecho desse caso pode influenciar a percepção da população sobre a integridade das instituições democráticas do Brasil e seu poder de resposta a ações consideradas antidemocráticas.

O STF agora terá que avaliar a solicitação da defesa e decidir se a revogação da prisão preventiva é viável, levando em consideração os elementos apresentados durante a instrução processual. A decisão pode reverberar em todo o cenário político brasileiro, criando novas discussões sobre a democracia e a segurança nacional.

Com a conclusão da fase de instrução, muitos se perguntam quais serão os passos seguintes da justiça brasileira e como isso afetará a dinâmica política interna. A sociedade permanece atenta às movimentações legais enquanto a história do país se desenrola diante de um dos períodos mais turbulentos da sua recente democracia.

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