Durante uma entrevista recente no podcast Every Single Album, Miley Cyrus revelou detalhes sobre sua fase “Bangerz”, que aconteceu em 2013, e despertou discussões sobre sua relação com o hip-hop. A cantora afirmou que naquela época agiu de acordo com seus desejos, sem um plano de estratégia, e que seu envolvimento com gêneros musicais influenciados pela cultura negra foi uma expressão de sua personalidade.
Miley Cyrus e sua relação com o hip-hop
Questionada se realmente “interpretou um personagem” durante sua fase mais provocativa, Miley afirmou que tudo o que fez foi autêntico, embora tenha reconhecido a percepção do público e da imprensa na época. “Eu realmente fiz o que quis, e isso foi percebido como algo rebelde, uma estratégia, mas na verdade era minha vida,” declarou.
Ela explicou que sua paixão pelo hip-hop nasceu na juventude, quando escutava o gênero com seus amigos e frequentava shows clandestinos. “Hip-hop era minha alma, meus amigos, minha cultura. Você só tem que olhar uma lista de shows do Coachella para entender como a cena sempre esteve presente na minha vida,” reforçou, destacando a conexão pessoal que tinha com o estilo.
Reflexões atuais e críticas
No entanto, Miley também comentou que, ao longo dos anos, mudou de postura e passou a repudiar algumas práticas do hip-hop, alegando que a cultura se tornou excessivamente materialista e violenta. “Eu não tinha interesse mais em músicas que exaltavam consumo e ostentação,” afirmou.
Apesar disso, ela reforçou que continua admirando os artistas do gênero e colaborando com eles. “Sempre admirei e trabalhei com grandes nomes, e minha relação com o hip-hop nunca foi fingida. Meu envolvimento sempre foi genuíno, com amizades reais como a de Juicy J e Wiz Khalifa,” disse.
Reação dos fãs e críticas à apropriação cultural
As declarações de Miley geraram repercussão na internet, onde muitos fãs e críticos apontaram que ela evita assumidamente a responsabilidade pela apropriação cultural ocorrida na fase “Bangerz”. “Ela só usou a cultura negra para parecer edgy e depois se distanciou quando isso virou inconveniente,” comentou um usuário do Reddit, enquanto outro afirmou: “Ela se aproveitou da cultura para crescer na carreira e agora tenta se descolar disso.”
Alguns destacaram que Miley se beneficou das referências ao hip-hop na época, colaborando com artistas do gênero e usando elementos culturais como o corte de cabelo e a linguagem provocativa como estratégia de marketing. “Ela se posicionou como uma cultura vulture, aproveitando a cena enquanto podia,” criticou um comentário na plataforma.
Mudanças de postura e busca por redenção
Ao longo dos anos, Miley mudou sua imagem: saiu da fase provocativa, retomou sua relação com Liam Hemsworth e passou a falar sobre temas mais neutros e familiares. Em recente entrevista, ela afirmou que sua relação com o hip-hop foi apaixonada e verdadeira, embora admitindo que na época ela estivesse “só escutando a cultura”.
Ela também enfatizou que sua aproximação com o gênero foi devido à proximidade com artistas e amigos do meio, como Wiz Khalifa, e que sua experiência foi real. “Não estava fingindo, estava vivendo aquela cultura,” reforçou.
Perspectivas futuras
As declarações de Miley continuam a dividir opiniões. Enquanto alguns acreditam que ela deveria assumir a responsabilidade por ações passadas, outros vêem a reflexão como uma evolução pessoal. A artista parece estar buscando um entendimento mais profundo sobre sua relação com o hip-hop e sua influência na sua trajetória artística.
Para aqueles que desejam ouvir a entrevista completa, ela está disponível no Spotify, onde Miley detalha sua trajetória e suas opiniões sobre o tema.
