Durante painel na Febraban Tech 2025, realizado no Expo Transamérica, em São Paulo, os CEOs de bancos privados ressaltaram que o governo precisa revisar seus gastos para alcançar o equilíbrio fiscal, evitando aumento de tributos que possa comprometer o crescimento econômico.
Críticas ao aumento de tributos e foco na eficiência
Roberto Saloutti, CEO do BTG Pactual, afirmou que a busca por maior eficiência nos gastos públicos é fundamental para que o país não precise recorrer a elevações na carga tributária. Segundo ele, o aumento de tributos tem consequências negativas, como a redução do PIB potencial e perda de eficiência econômica. “A elevação da carga tributária pode parecer imperceptível agora, mas, no futuro, acarretará maior custo Brasil e menor capacidade de crescimento”, comentou.
Posicionamento dos principais bancos
O presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, declarou que prefere que o equilíbrio fiscal aconteça por meio da contenção de despesas, e não pelo aumento de impostos. “Mantemos uma postura construtiva com o Congresso e o Executivo, buscando mostrar as causas e efeitos de cada medida na economia”, afirmou. Noronha também destacou que o aumento de tributos pode criar ônus desnecessários para empresas, reforçando a importância de um diálogo equilibrado.
Mario Leão, CEO do Santander Brasil, reforçou a necessidade de avançar em reformas estruturais durante este ano e em 2026, abordando temas históricos do país, e não por questões partidárias. “O sistema financeiro tem sido pró-ativo; ninguém deseja pagar mais impostos, mas o país precisa enfrentar esses temas de forma definitiva”, explicou.
Diálogo e consenso no setor financeiro
Milton Maluhy, presidente do Itaú, destacou que “o nosso partido político é o Brasil” e que a influência ética do sistema financeiro deve ajudar a encaminhar discussões sobre a economia, afastando a polarização. Ele enfatizou ainda a importância de um debate saudável e de soluções que favoreçam o crescimento sustentável.
Perspectivas para o cenário fiscal brasileiro
Especialistas apontam que a posição dos CEOs evidencia um consenso de que o país deve priorizar a contenção de gastos e reformas estruturais para garantir a recuperação do crescimento potencial. A discussão, que segue no Congresso, é vista como uma oportunidade de definir caminhos mais eficientes para a economia brasileira.
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