Brasil, 12 de junho de 2025
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Cardeal Ambongo pede a Trump que reabra ajuda a África

Cardeal de Kinshasa apela a Trump para reinstituir a ajuda humanitária dos EUA ao continente africano

O cardeal Fridolin Ambongo, arcebispo de Kinshasa na República Democrática do Congo, pediu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que restabeleça a assistência internacional ao continente africano. A solicitação foi feita em um artigo publicado no Wall Street Journal em 8 de junho de 2025.

Relação estratégica e valores culturais

Ambongo destacou a importância da ajuda humanitária dos Estados Unidos para a África, considerando-a não apenas estratégica, mas também moral. Segundo ele, a ajuda do USAID tem transformado vidas na região e contribuído para evitar crises políticas e econômicas que ameaçam o desenvolvimento africano.

“A assistência direcionada à África é urgentemente necessária, moralmente correta e de grande valor estratégico para os EUA”, afirmou o cardeal, enfatizando que a relação entre ambos os lados pode ser benéfica para o equilíbrio global.

Recursos naturais e juventude empreendedora

Ambongo ressaltou que os recursos naturais abundantes e a juventude empreendedora do continente representam ativos essenciais para os interesses dos Estados Unidos. Ele salientou que a presença americana na África, por meio de ajuda e investimentos, fortalece a influência econômica dos EUA na região.

“A ajuda dos EUA tem ajudado a construir uma sociedade mais sólida e a evitar crises que poderiam gerar conflitos”, declarou o cardeal, reforçando a importância de manter esse vínculo.

Consequências do congelamento de ajuda

O arcebispo afirmou que a suspensão de auxílio à África tem transformado o continente em um alvo de conflitos relacionados à disputa por recursos naturais essenciais às tecnologias modernas. Ele também destacou a persistência da fome e da pobreza em várias regiões africanas, agravadas pelo apagamento da assistência internacional.

“Se os EUA abandonarem a ajuda, adversários como China, Rússia, Irã e Coreia do Norte irão preencher esse vácuo”, alertou Ambongo, reforçando que a ausência de apoio pode ampliar o papel de potências que não compartilham valores ocidentais.

Respeito às culturas africanas e limites da ajuda

O cardeal alertou que não é tarde para reverter essa tendência e propôs uma parceria que respeite as especificidades culturais da África. Ele criticou o condicionamento da ajuda a questões ideológicas, como o aborto ou o controle populacional, que muitas vezes não condizem com valores culturais locais.

“Respeitar a cultura africana é fundamental para uma ajuda humanitária efetiva e ética”, afirmou Ambongo. “A colonização cultural não deve fazer parte dessa parceria.”

Críticas às ações do governo dos EUA

O apelo de Ambongo ocorre após o anúncio do Departamento de Estado dos EUA de planos para destruir um estoque de contraceptivos artificiais destinados a países em desenvolvimento, o que promove uma discussão sobre a política de saúde reprodutiva e as intervenções altruístas no continente.

Ele pediu que Trump reavalie a decisão e reforce o apoio ao continente, destacando o papel de bispos, sacerdotes e leigos africanos na busca por uma ajuda mais ética e eficiente. Leia a matéria completa.

Expectativas de diálogo e cooperação futura

Ambongo concluiu afirmando a disposição de associações africanas para trabalhar junto com Washington na utilização responsável dos recursos aidados, buscando evitar fraudes e má gestão. “O que está em jogo é o bem-estar de povos africanos, bem como a influência positiva dos EUA na região”, finalizou.

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