Brasil, 14 de junho de 2025
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Braga Netto desmente acusações durante depoimento ao STF

Ex-ministro nega entrega de dinheiro e fraude nas eleições em interrogatório ao Supremo Tribunal Federal.

No mais recente capítulo da ação penal envolvendo o ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto, o político prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre suas supostas conexões com a trama golpista que acarretou arranjos políticos controversos. Em um interrogatório realizado de forma remota, devido à sua detenção no Rio de Janeiro, Braga Netto não só refutou as alegações que pesam contra ele, mas também atacou a veracidade da colaboração premiada feita por um dos seus supostos cúmplices, o tenente-coronel Mauro Cid.

Principais pontos do depoimento de Braga Netto

O depoimento, que durou aproximadamente 40 minutos, cobriu diversos pontos centrais que foram desbotados pelas acusações. Abaixo, estão destacados cinco pontos principais mencionados por Braga Netto durante o interrogatório:

  • Nega reunião com os “kids pretos”: O ex-ministro afirmou que Mauro Cid faltou com a verdade ao relatar uma reunião em seu apartamento no final de 2022, envolvendo militares conhecidos como “kids pretos”.
  • Sem contato com Mauro Cid sobre delação: Braga Netto negou ter se comunicado com o pai de Mauro Cid a respeito da delação premiada assinada por ele.
  • Negou dinheiro em caixas de vinho: Ele refutou a alegação de que teria entregado dinheiro a Mauro Cid disfarçado em caixas de vinho.
  • Falta de empatia com Bolsonaro: Durante o depoimento, informou que os ex-comandantes das Forças Armadas não demonstraram “empatia” pelas dificuldades que o ex-presidente Jair Bolsonaro enfrentava.
  • Fraudes nas eleições: Ao ser questionado, Braga Netto declarou que não acreditava na possibilidade de fraudes nas eleições de 2022.

Narrações e negações do ex-ministro

Braga Netto foi enfático em sua defesa. Ele comentou sobre a tal reunião em que partes do Exército estariam supostamente envolvidas em tramas golpistas. “O general Cid, para mim, faltou (com) a verdade”, disse Braga Netto, corrigindo-se sobre a patente ao mencionar Cid como tenente-coronel. Ele reforçou ainda que não tinha envolvimento ou contatos diretos com empresários para a suposta arrecadação de dinheiro, afirmando que “não pedi dinheiro para ninguém”.

Além disso, reiterou que não tomou iniciativa de investigar a delação de Cid, esclarecendo que o contato existente foi apenas uma solicitação do pai do tenente-coronel, que buscava apoio político. “Essa mensagem que dizem que eu tentei falar com o Cid, foi o pai do Cid que me ligou”, ressaltou, explicando que as conversas estavam relacionadas à busca de apoio para Cid em relação a questões políticas.

Reações à situação política

Um dos pontos mais controversos do depoimento foi a falta de apoio que Braga Netto alegou ter percebido por parte dos ex-comandantes das Forças Armadas para o ex-presidente Bolsonaro, especialmente em relação à saúde do mandatário. “Eu achava que faltava da parte deles uma empatia maior, para saber do presidente”, relatou ele, expressando sua preocupação com a saúde de Bolsonaro na época.

Braga Netto encerrou seu depoimento reafirmando sua posição de que não havia qualquer prova de fraude nas eleições e que todas as alegações contra ele eram infundadas. “Eu não tinha contato com empresários. Eu não pedi dinheiro para ninguém e não dei dinheiro nenhum para o Cid”, finalizou, em uma declaração que ecoa fortemente em meio à controvérsia política atual.

Esse depoimento promete continuar repercutindo nos próximos dias, uma vez que trata de temas sensíveis que envolvem figuras importantes da política brasileira e questões jurídicas que preocupam a sociedade em geral.

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