Brasil, 12 de junho de 2025
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Bolsonaro se defende após depoimento no STF sobre tentativa de golpe

No dia seguinte ao seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro utilizou suas redes sociais para afirmar que saiu da Corte com a “cabeça erguida”. O depoimento durou mais de duas horas e foi dado ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado liderada pelo ex-presidente e mais sete réus, durante e após as eleições de 2022.

O conteúdo do depoimento

Durante a sua oitiva, Bolsonaro admitiu ter discutido com seus auxiliares a possibilidade de implementar medidas extremas como a declaração de Estado de Sítio ou o uso da Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Contudo, ele sustentou que essas opções foram descartadas por não haver “clima”, “oportunidade” ou “base minimamente sólida” para tal ação, referindo-se assim à acusação de tentativa de golpe. A testemunha do caso incluiu os ex-chefes do Exército e da Aeronáutica, que alegaram que essas discussões tinham um teor golpista, opinião que foi contestada por Bolsonaro.

Uma reflexão sobre os fatos

“A História julgará cada um de nós. Que ela me encontre, como sempre estive, fiel à verdade, ao nosso Deus e ao povo brasileiro”, declarou Bolsonaro ao sair do STF. Essa afirmação reforça sua posição de se ver como um defensor dos valores que representa, mesmo em meio a acusações sérias.

O ex-presidente também foi questionado sobre uma minuta que, segundo o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, teria um teor golpista. Ele negou ter acesso a esse documento e destacou que as discussões que teve com seus aliados eram informais e não tinham como objetivo sugerir a prisão de autoridades, como o ministro Alexandre de Moraes. “Se eu não estou tendo acesso, não tenho como discutir”, argumentou.

Contexto da investigação

O interrogatório faz parte de uma ação penal que investiga se Bolsonaro e outros réus tentaram de alguma forma impedir a posse do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro de 2023. As acusações contra eles incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, entre outros crimes. Essa investigação levanta questões sobre a integridade das instituições democráticas e o respeito às regras eleitorais no Brasil.

No entanto, o ex-presidente fez questão de frisar que “nada disso aconteceu” em suas reuniões com os comandantes das Forças Armadas. Ele afirmou que essas reuniões, realizadas no Palácio da Alvorada após o pleito eleitoral, foram dedicadas a analisar a situação do Brasil, especialmente enquanto apoiadores do seu governo se manifestavam em frente a quartéis e caminhoneiros bloqueavam estradas, clamando por uma intervenção militar.

Desdobramentos e reações

A recusa em aceitar a busca por alternativas legais para contornar os resultados eleitorais foi um tema central no depoimento. O ex-presidente expressou que as ideias levantadas sobre o uso de um dispositivo constitucional foram rapidamente descartadas após as primeiras reuniões, e que ele nunca viu uma minuta que sugerisse ações radicais.

A situação continua a evoluir, com muitos olhos voltados para as pesquisas e depoimentos que ainda estão por vir. O cenário político no Brasil permanece tenso, e a investigação promete consequências que poderão mudar drasticamente o panorama do país.

Com a possibilidade de novas revelações e recursos legais por parte dos réus, a sociedade civil e a comunidade internacional aguardam ansiosamente os próximos capítulos deste importante processo. A resiliência das instituições democráticas brasileiras será testada ao longo do desenrolar dessas investigações.

Para acompanhar mais sobre este caso e suas implicações, fique atento às atualizações dos principais veículos de notícias que cobrem a política nacional.

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