Brasil, 13 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Bolsonaro pretende apresentar vídeos e falar por horas no STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro planeja um longo depoimento no STF, com vídeos, sobre a investigação de uma suposta trama golpista.

Nesta terça-feira, 10 de junho, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou a jornalistas seu desejo de apresentar pelo menos 12 vídeos durante seu interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirmou que, se as condições permitirem, “falará por horas”. Atualmente, Bolsonaro é réu na ação penal que apura uma suposta trama golpista com o objetivo de reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022, nas quais Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vitorioso.

Interrogatório no STF: sequência e expectativas

Os interrogatórios da Primeira Turma do STF começaram na segunda-feira, 9 de junho, e se estenderão até sexta-feira, 13 de junho. Este processo é um momento crucial para os réus, que precisam comparecer fisicamente ao tribunal para responder às perguntas tanto da Procuradoria-Geral da República (PGR) quanto dos ministros presentes. É importante notar que, mesmo aqueles que já prestaram depoimentos, como o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, ainda devem estar presentes durante o restante das audiências.

O único réu que não participará presencialmente é o general Walter Souza Braga Netto, que se encontra detido no Rio de Janeiro e prestará depoimento por videoconferência. O tenente-coronel Mauro Cid, que atuou como ajudante de ordens de Bolsonaro, foi o primeiro a ser interrogado, sendo considerado o delator do caso.

O depoimento do almirante Garnier Santos

No início do interrogatório realizado hoje, o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, foi questionado pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes. Garnier negou ter visto qualquer indício de golpe de Estado, uma afirmação que poderá ser contestada decidi da defesa dos réus. Logo após o seu depoimento, será concedida a palavra às defesas dos outros sete réus, que terão a oportunidade de dirigir perguntas ao almirante, caso assim desejem.

Ordem dos depoimentos

Após o interrogatório de Garnier, os demais réus serão ouvidos na seguinte ordem alfabética:

  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno, general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Souza Braga Netto, general e ex-ministro da Casa Civil (de forma remota).

O ex-presidente, ao buscar apresentar sua defesa de forma ampla e fazer uso de vídeos, demonstra sua intenção de contestar as acusações e, possivelmente, influenciar a opinião pública sobre o caso. O objetivo é claro: Lennitar que seu ponto de vista seja ouvido e considerado durante este processo que, sem dúvida, terá grandes repercussões políticas e sociais para o Brasil.

Com o avanço dos interrogatórios, a expectativa se concentra sobre o que será revelado pelas audiências. A presença de figuras proeminentes, como Bolsonaro e outros ex-ministros, torna o evento um marco histórico no julgamento de um dos períodos mais conturbados da política brasileira recente.

A sociedade brasileira acompanhará de perto os desdobramentos do caso, uma vez que a investigação não apenas abrange os protagonistas do governo anterior, mas também reflete as tensões políticas que seguem impactando o país. Assim, este processo no STF se estabelece como um importante capítulo da luta pelo fortalecimento das instituições democráticas e do próprio Estado de Direito no Brasil.

Este é um momento que demanda atenção, já que cada depoimento pode trazer novos elementos à luz e moldar a narrativa política atual.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes