Brasil, 12 de junho de 2025
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Banco Central busca nova alternativa de financiamento para a casa própria

Após retirada de recursos da poupança, BC discute modelo de financiamento imobiliário usando captação de mercado

O Banco Central (BC) está desenvolvendo uma estratégia alternativa de financiamento para o setor imobiliário, diante da retirada de recursos da caderneta de poupança, afirmou nesta terça-feira (10) o presidente da instituição, Gabriel Galípolo. Uma proposta está em discussão com instituições financeiras, especialmente com a Caixa Econômica Federal.

Modelo de financiamento alternativo ao da poupança

Segundo Galípolo, uma solução provisória está sendo avaliada para normalizar as fontes de financiamento de imóveis por meio da captação de recursos no mercado financeiro. “Estamos trabalhando com os bancos para apresentar um processo ponte que utilize a captação de mercado e estabilize o setor imobiliário”, afirmou em evento promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em São Paulo.

Apesar da continuidade na entrada de recursos na poupança no mês passado, com R$ 336,87 milhões depositados, de janeiro a maio, os brasileiros sacaram R$ 51,77 bilhões a mais do que depositaram na caderneta, indicando uma mudança no comportamento dos investidores, conforme apontou o presidente do BC.

Impacto da saída de recursos da poupança

Galípolo destacou que a retirada de recursos da poupança é uma mudança estrutural que reflete as novas preferências dos investidores, influenciadas pela maior educação financeira e por alternativas de baixo risco e maior retorno, como o Tesouro Direto. “A perda de recursos é mais uma tendência natural, impulsionada por opções mais vantajosas”, declarou.

Contexto atual do financiamento imobiliário

Hoje, cerca de 65% dos recursos depositados na poupança destinam-se ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que financia imóveis de até R$ 1,5 milhão com juros de até 12% ao ano. Para imóveis de valores superiores, o financiamento ocorre através do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), que utiliza recursos de mercado, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

O governo vem discutindo a possibilidade de taxar em 5% o Imposto de Renda na LCI, que atualmente é isenta de tributação, aumentando o custo dos títulos privados de renda fixa destinados ao setor imobiliário.

Perspectivas futuras e desafios

A nova proposta de financiamento busca ampliar as alternativas de captação de recursos para o setor imobiliário, contribuindo para maior dinamização do mercado e para o aumento do crédito à habitação. Além disso, a medida tenta equilibrar as fontes de financiamento, que atualmente dependem em grande parte da poupança, uma vez que o mercado de títulos privados enfrenta maior cobrança tributária.

O BC afirma que a discussão está avançando, e o objetivo é apresentar uma solução definitiva em breve, que possa garantir a liquidez e a segurança do setor com maior capilaridade. A expectativa é que a nova modalidade de financiamento utilize instrumentos de mercado já existentes ou criados pelo próprio banco, promovendo maior concorrência e melhores condições para os compradores.

Para acessar a matéria completa sobre o tema, visite o site da Agência Brasil.

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