Brasil, 13 de junho de 2025
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Banco Central busca alternativas de financiamento imobiliário diante de mudanças fiscais

Banco Central trabalha em novo modelo de financiamento da casa própria, incluindo captação de mercado, para substituir a poupança

O Banco Central está desenvolvendo um novo modelo de financiamento para a casa própria, que deve incluir captação de recursos no mercado, como alternativa à poupança, segundo afirmou Galípolo, participante da abertura da Febraban Tech 2025. A iniciativa visa normalizar o setor imobiliário enquanto o governo discute a incidência de imposto de renda sobre Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

Busca por novas fontes de financiamento imobiliário

Galípolo destacou que a ideia de criar um processo ponte para captação de recursos no mercado é uma resposta às mudanças fiscais propostas pelo governo, que pretende tributar as LCIs, títulos usados pelo setor para oferecer crédito imobiliário, atualmente isentos de imposto. A proposta faz parte de um pacote de medidas para aumentar a arrecadação, mas ainda aguarda aprovação do Congresso.

Impacto das mudanças fiscais e críticas do setor

As entidades de crédito criticaram a possibilidade de cobrança de imposto sobre as LCIs, argumentando que isso pode reduzir o volume de recursos disponíveis para o financiamento imobiliário. “A perda de recursos da poupança tem um caráter estrutural, pois outros produtos financeiros oferecem rentabilidade superior à caderneta”, afirmou Galípolo.

Ele acrescentou que a redução de recursos na poupança é uma tendência natural, impulsionada por maior educação financeira e pela busca por alternativas com maior retorno. Segundo o executivo, essa substituição faz parte de uma mudança estrutural no setor financeiro.

Perspectivas do Banco Central e expectativa de decisão

Durante sua apresentação na Febraban Tech, o presidente do BC afirmou que não dará detalhes sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) quanto à taxa de juros, que será discutida na próxima semana. Com a inflação mais controlada em maio, o mercado espera que o BC mantenha os juros estáveis, atualmente em 14,75%. Fonte: Globo Economia.

Galípolo ressaltou ainda que o BC criou uma nova “ciência do Copom”, na qual o órgão monitora cuidadosamente o impacto de cada palavra na postura de juros. “Não passarei nenhuma mensagem sobre o Copom hoje”, afirmou, indicando a cautela do banco diante do cenário econômico.

A expectativa é de que o BC apresente em breve o novo modelo de financiamento, que contribuirá para diversificar as opções de crédito imobiliário e reduzir a dependência da poupança como principal fonte de captação.

Para mais detalhes sobre as mudanças no setor, acesse esta reportagem.

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